LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e outros 17 detentos do Centro de Custódia de Cuiabá ingressaram com um pedido para que sejam instalados aparelhos de ar-condicionado nas celas da unidade.
O requerimento também foi assinado pelos seus ex-secretários de Estado Eder Moraes e Marcel de Cursi, pelo seu ex-chefe de gabinete Silvio Araújo e pelo desembargador Evandro Stábile, igualmente presos.
A solicitação, cuja íntegra não foi divulgada, deverá ser analisada pelo juiz Geraldo Fidelis, da Vara de Execuções Penais da Capital.
Segundo apurou o MidiaNews, o pedido teve como fundamento a suposta falta de estrutura do local para amenizar o calor de Cuiabá, cujas temperaturas variam, em média, de 26°C a mais de 40°C.
Atualmente, os detentos se utilizam de pequenos ventiladores nas celas do Centro de Custódia de Cuiabá.
Também assinaram o pedido os detentos Alessandro Pereira da Conceição, Washington Mayer Silva de Arruda, Hugo Luiz de Oliveira Silva, Marson Antonio da Silva, Odacir Antonio Lorenzoni Ferraz, Julio Cesar Pereira, Wagner Rogerio Neves de Souza, Maurides Benedito de Almeida, Maxuel Mognol, Joab Lima Bueno Dias, Marco Antônio Albuquerque e Francisco Gomes Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, que já foi solto.
Presos por operações
Silval Barbosa e Marcel de Cursi estão presos desde setembro de 2015 na unidade, sob a acusação de serem líderes do esquema investigado na Operação Sodoma.
Marcel é considerado o “mentor intelectual” de suposto esquema que teria lucrado R$ 2,6 milhões, entre 2013 e 2014, por meio de exigência de propina em troca de concessão de benefícios fiscais ao empresário João Batista Rosa – que entregou o alegado esquema à Polícia.
Já Silval, além da acusação de ser o líder dessa tratativa, também é apontado como o “cabeça” do esquema investigado na 2ª e 3ª fase da operação, que consistiria na exigência de propina a empresários para a manutenção e concessão de contratos com o Estado.
O ex-secretário Eder Moraes, por outro lado, é alvo da Operação Ararath e está preso por ter violado, por dezenas de vezes, os termos da tornozeleira eletrônica.
Ele já foi condenado a 69 anos de prisão por lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro.
Alvo da Operação Asafe, o desembargador afastado Evandro Stábile foi condenado pelo Superior ribunal de Justiça (STJ) a seis anos de prisão, por corrupção passiva.
O magistrado é acusado de ter tentado negociar uma decisão judicial em 2010, época em que presidia o Tribunal Regional Eleitoral em Mato Grosso (TRE-MT).
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