LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O advogado José Moreno, possível candidato de oposição à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), afirmou que os pré-candidatos do grupo que comanda a entidade fazem campanha à custa da Ordem.
A crítica foi feita em sua página do Facebook, no domingo (1º de março), ocasião em que o advogado comentava a entrevista concedida ao MidiaJur pelo ex-presidente da OAB-MT, Ussiel Tavares.
"Inventam Projetos como OAB 80 Anos (fazendo com que tal marco dure três anos) e, sempre, ao final dos mandatos, criam ciclos de palestras mambembes, percorrendo as principais cidades-polos tendo como palestrantes nada mais nada menos que os candidatos da situação. No fundo, se trata de pura campanha eleitoral com dinheiro das anuidades"
Para Moreno, que foi candidato na eleição de 2012, o grupo situacionista faz “campanha escancarada” nas visitas às subseções da OAB e aos escritórios do interior do Estado.
“Quando saímos de nosso escritório para visitarmos as cidades do interior do estado (somente subseções são 29 cidades diferentes), o fazemos com a cara e a coragem, com utilização de recursos próprios e dos companheiros que se envolvem no projeto de uma OAB melhor e mais atuante. De outro norte, os pré-candidatos da situação ficam realizando “visitas institucionais”, às custas do próprio dinheiro das anuidades, fazendo campanha escancarada, encobertos sob o manto da legalidade, ainda que descobertos sob o manto da imoralidade”, criticou.
O oposicionista tachou como uma “vergonha” o suposto fato de a atual gestão “inventar” projetos para poder percorrer o Estado em campanha.
“Inventam Projetos como OAB 80 Anos (fazendo com que tal marco dure três anos) e, sempre, ao final dos mandatos, criam ciclos de palestras mambembes, percorrendo as principais cidades-polos tendo como palestrantes nada mais nada menos que os candidatos da situação. No fundo, se trata de pura campanha eleitoral com dinheiro das anuidades”, destacou.
Moreno ainda pontuou que a OAB-MT, em termos de eleição classista, não faz o dever de casa e pratica o ditado “em casa de ferreiro, espeto é de pau”.
“Nas campanhas da OAB não se prestam contas dos valores arrecadados e gastos; não se sabe quem doou; não há necessidade de se desincompatibilizar do cargo que se ocupa quando o postulante busca a reeleição ou concorre a outro cargo eletivo; há loteamento de cargos; não se proíbe a boca de urna; se permite a utilização de showmícios, camisetas e tudo o mais que é proibido nas campanhas de eleições partidárias”, disse.
“Os fatos acima apontados são um atentado à democracia, à igualdade e, sobretudo, permite que o poder financeiro e econômico prevaleça numa escolha, em detrimento ao debate verdadeiro de ideias e propostas”, ressaltou.
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