LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que a prova da 2ª fase do Exame da Ordem não será reaplicada em Cuiabá. A decisão foi tomada em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas, responsável pela aplicação do teste.
A seccional mato-grossense da OAB havia requerido a anulação e reaplicação da prova aos estudantes que se sentiram prejudicados pelo “apagão” na energia elétrica do Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon), local onde os estudantes da Capital fizeram o exame, no dia 1º de junho.
No entanto, em comunicado enviado à OAB em Mato Grosso nesta quarta-feira (11), o Conselho Federal argumentou que “todas as garantias para a sua finalização foram dadas aos candidatos no dia da prova”.
Conforme a Comissão Nacional de Exame da Ordem, responsável pela análise da situação, o caso de Cuiabá não se assemelha ao de Ipatinga em Minas Gerais, utilizada como parâmetro do pedido.
Na cidade mineira houve a aplicação de outra prova em exame anterior porque teve proporções muito maiores, “uma vez que a falta de energia no local se deu ao final das provas e perdurou por mais de horas, inexistindo luz natural que oferecesse condições mínimas para a realização da prova. Assim, a anulação da prova naquela localidade foi causada pela impossibilidade de haver compensação do horário, já que não havia previsão de reestabelecimento da energia”.
Outro argumento que fundamentou a decisão foi o fato de os fiscais da prova terem estendido o prazo para os candidatos concluírem a prova em uma hora, duração aproximada do apagão.
“Todos os fatos ocorridos em Cuiabá foram relatados em tempo real ao Conselho Gestor de Aplicação do Exame de Ordem, que deliberou pelo acréscimo de uma hora e meia ao tempo normal de prova, compensando assim o período em que a resolução das provas ficou suspensa”, informa o ofício.
O incidente
Em Cuiabá, cerca de 540 alunos fizeram a 2ª fase (e última) da prova, que estava marcada para iniciar ao meio dia e terminar às 17h.
A queda de energia, que ocorreu por volta das 15h, obrigou boa parte dos candidatos a realizar o exame praticamente às cegas ou entregar a prova incompleta.
De acordo com os estudantes, o “apagão” durou cerca de uma hora e, aliado a forte chuva, causou transtornos devido às goteiras, impossibilidade de escrever à mão com pouca luminosidade e nervosismo pela falta de informações sobre quando a energia elétrica voltaria.
O Centro Universitário Unirondon afirmou que o problema foi causado por um desligamento programado de energia que não havia sido informado preventivamente à instituição.
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