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AGRONEGÓCIOS Sexta-feira, 18 de Abril de 2025, 08:20 - A | A

18 de Abril de 2025, 08h:20 - A | A

AGRONEGÓCIOS / GUERRA COMERCIAL

Pecuaristas de MT vivem expectativa de alto nos negócios com "tarifaço" de Trump

Países mais afetados com medida norte-americana devem ampliar volume de negócios com produtores do Estado

ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO



Os produtores de carne bovina de Mato Grosso ainda aguardam os resultados das tarifas de importação do presidente americano Donald Trump para as exportações das commodities brasileiras. A expectativa é de que a exportações de carnes brasileiras seja beneficiada, pois alguns dos países mais afetados pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos (EUA) já são grandes parceiros comerciais do Brasil e podem ampliar a aquisição da produção nacional, especialmente em retaliação ao governo Trump.

A avaliação é do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac). Um desses parceiros é a China, maior comprador da carne bovina de Mato Grosso, sendo responsável pela aquisição de 46,31% da produção mato-grossense. Outro parceiro são os Emirados Árabes, com 8,54%. O próprio Estados Unidos figura em terceiro lugar, sendo responsável pela compra de 5,14% da carne de Mato Grosso.

“Nossa produção tem um custo baixo para exportação e uma excelente qualidade, grandes atrativos para países que poderão estar em busca de novos fornecedores com as barreiras que estão sendo impostas pelos Estados Unidos”, explica o diretor Técnico Operacional do Imac, Bruno de Jesus Andrade.

Reportagem do Financial Times (uma das mais importantes publicações sobre economia no mundo), do dia 13 de abril, informa que a venda de carne bovina brasileira para a China subiu um terço apenas no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O mesmo aconteceu com as aves, cujo aumento foi de 19%. De acordo com a publicação, a China vem bloqueando a entrada de carne bovina dos EUA no país, além de impor limitações à importação de soja, trigo, milho e sorgo americanos.

A reportagem aponta que a participação dos EUA nas importações de comida pela China caíu de 20,7% em 2016 para 13,5% em 2023. Nesse mesmo período, a fatia brasileira pulou de 17,2% para 25,2%. Para o jornal, a guerra tarifária entre Trump e China é 'uma benção' para Brasil, que já havia sido "o grande vencedor" da primeira troca de tarifas entre asiáticos e americanos, ocorrida ainda durante o primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021). 

As informações são confirmados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Utilizando dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), a Abeic noticiou que as exportações brasileiras de carne bovina registraram crescimento 13,1% em março em relação a fevereiro, e um aumento de 30,2% na comparação com março do ano passado, com embarques que totalizaram 248 mil toneladas.

Leia mais:

"Guerra comercial americana" deve gerar ganhos de R$ 2 bi à MT 

Os estados que mais exportaram carne bovina no primeiro trimestre de 2025  foram São Paulo, com 145 mil toneladas, responsável por 21,7% do total exportado, seguido do Mato Grosso (137 mil toneladas e 20,5% do total), Goiás (80,8 mil toneladas e 12% do total), Mato Grosso do Sul (74,3 mil toneladas e 11,1%) e Rondônia (61,9 mil toneladas e 98,3%).

Independente do tarifaço ou guerra comercial imposta por Donald Trump, os produtores do estado com o maior rebanho bovino do Brasil, com 32,8 milhões de cabeças, já estavam otimistas no início do ano. Para 2025, a previsão é abater entre 6,5 e 7 milhões de animais, número um pouco abaixo de 2024, que chegou a 7,3 milhões de animais abatidos, uma redução este ano considerada normal devido ao ciclo de menor oferta de animais, informa o diretor do Imac. 

Nos últimos anos, o uso de tecnologia possibilitou um aumento no abate de animais mais jovens, com até 24 meses de idade. Em 2024, pelo menos 37% dos abates em Mato Grosso foram de animais nessa faixa etária, contra apenas 7% há dez anos, ou seja, em 2014. “Além de serem animais mais pesados, com cerca de 19 arrobas, esse avanço reflete diretamente na qualidade da carne ofertada ao consumidor brasileiro e internacional”, destaca Bruno.

Ainda nessa semana, o Imac comemorou a abertura do mercado do Marrocos para a importação de miúdos bovinos do Brasil, oficializada em 8 de abril.  Com uma população de cerca de 37 milhões de habitantes, o Marrocos é considerado um mercado estratégico para o Brasil, com potencial significativo de expansão. Em 2023, as exportações brasileiras de carne bovina para o país superaram os US$ 43 milhões, posicionando o Brasil como o segundo maior fornecedor. Com a liberação para a importação de miúdos, a expectativa é de que esse valor cresça já a partir de 2025.

 

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