DA REDAÇÃO
O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, que voltou a ser preso
Um trecho de uma conversa realizada via Whatsapp no dia 16 de abril, entre o empresário José Henrique Ferreira Gonçalves e o advogado Pedro Jorge Zamar Taques, irmão do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, chamou a atenção dos investigadores do Gaeco.
No diálogo, o sócio da EIG Mercados Ltda (antiga FDL Serviços), empresa apontada como o pivô do suposto esquema de propinas no Detran-MT, indaga se o ex-secretário poderia dar "uma ajuda" para que o contrato com o órgão fosse mantido.
"Cê acha que o Kobori [José Kobori, ex-diretor-presidente da EIG Mercados] consegue com o Paulo uma ajuda aí para continuar o contrato, cara? Porque eu não tenho como continuar sobrevivendo de outro jeito, cara, eu não tenho outra fonte de renda, tô desesperado", diz ele ao advogado.
Pedro Jorge diz que antes é preciso "conversar", uma vez que, segundo ele, o irmão se envolveu "naquela operação dos grampos" e está sob restrições impostas por "algumas cautelares" e que, em razão disso, "tem que pisar em ovos".
Gonçalves demonstra reconhecer a situação, mas logo pergunta: "Mas ele tem muito poder aí ainda né?".
"Sim, claro, claro!", responde o advogado.
Para os promotores, o trecho expõe a "suposta e atual influência e poder" de Paulo Taques no governo, do qual se desligou em maio de 2017.
Confira o fac-símile do trecho:
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