LETICIA AVALOS
Da Redação

Os vereadores Maysa Leão (Republicanos) e Daniel Monteiro (Republicanos) prometeram acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT-MT) para investigar as denúncias de que a empresa Costa Oeste, responsável pela contratação de cuidadoras de alunos com deficiência (CADs) em Cuiabá, estaria coagindo as profissionais a abrir mão do vale-transporte e aderir ao seguro de vida e plano odontológico que geram descontos no salário.

“A gente pensa que precisa ir até essa empresa e olhar esses contratos [...] se a gente tiver muitos ou poucos contratos que disseram que abrem mão do vale-transporte, essas pessoas precisam ser chamadas e serem ouvidas num lugar de segurança. Eu estou recebendo a cada dia mais denúncias, mas elas têm muito medo porque, por mais que seja arbitrário, que seja pouco [o salário], elas não querem parar de trabalhar”, disse nesta quinta-feira (13).

Maysa afirmou que fez um encaminhamento para que o fiscal de contratos da Secretaria Municipal de Educação faça um levantamento de todas as CADs que supostamente optaram pelos descontos e abriram mão dos benefícios. “Certamente, ninguém que ganha R$ 1.200 faria essa escolha”, ponderou.

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Daniel Monteiro chegou a dizer que consideraria romper o contrato com a empresa, caso fosse o prefeito, por causa da gravidade das denúncias, mas reiterou que é preciso fazer uma apuração adequada para não cometer atitudes levianas.

A suposta precariedade das condições de trabalho tem resultado em uma quantidade insuficiente de CADs nas escolas municipais. Segundo Maysa, cerca de 130 famílias denunciaram em seu gabinete a falta de profissionais para acompanhar suas crianças com deficiência.

O vereador Dilemário Alencar (União), que é líder do prefeito Abilio Brunini (PL) na Câmara, esclareceu que o dono da empresa foi convocado a prestar esclarecimentos na Casa de Leis.

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