Luiz Alves/Secom

ALLAN PEREIRA
Da Redação

O vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos) protocolou, na última sexta-feira (1º), requerimento para instaurar uma Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Se o pedido for aprovado, Emanuel fica afastado do cargo até a conclusão do processo.

O pedido de investigação ocorre depois de conselheiro Antonio Joaquim, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), votar para reprovar as contas da gestão do emedebista por dívidas superiores a R$ 1,1 bilhão. O parlamentar pede a pena de cassação do chefe do Palácio Alencastro.

Conforme o requerimento apresentado pelo vereador, Emanuel agiu com omissão e negligência na defesa do orçamento. “Estamos vivendo a Era 2 do Paletó. É um novo escândalo A população não merece passar por isso novamente e em maiores proporções. Onde está o dinheiro da prefeitura de Cuiabá? O prefeito precisa ser responsabilizado”, pontua.

De acordo com o conselheiro Antônio Joaquim, a dívida consolidada da prefeitura fechou o ano passado em R$ 1,1 bilhão, segundo o relatório técnico preliminar elaborado por audiores do TCE-MT. Ele votou por reprovar as contas sob a gestão de Emanuel no ano de 2022. O voto foi apresentado na sessão plenária do dia 28 de novembro, mas o julgamento ainda não foi concluído.

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Além disso, apenas em restos a pagar de 2022 sem recurso para cobrir, o TCE-MT estima que ficaram R$ 375 milhões. Essa parte da dívida vem crescendo desde 2020, saindo de R$ 107 milhões, chegando a R$ 168 milhões em 2021, e depois aos R$ 375 milhões do ano passado.

Para Antonio Joaquim, há um descontrole nas dívidas da prefeitura, sem que haja medidas para conter o déficit. O conselheiro Valter Albano pediu vista e interrompeu o julgamento para analisar as conta. Ao final do julgamento, o TCE-MT emite um parecer que precisa ainda ser aprovado pela Câmara Municipal.

Após o voto de Antônio Joaquim para reprovar as contas de 2022 da prefeitura, o presidente da Câmara Municipal Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), convidou o secretário Planejamento, Elder Galiciani, para explicar o rombo das contas públicas.

Dr. Luiz Fernando criticou a iniciativa e defendeu a instauração da comissão processante contra Emanuel. Para o vereador, não é possível admitir que a prefeitura continue recebendo aval da Câmara com contas aprovadas e contribuir para que o déficit financeiro cresça a cada ano.

“É imperativo que a Prefeitura de Cuiabá forneça explicações detalhadas sobre como esse déficit se acumulou e quais medidas estão sendo tomadas para corrigir essa situação. E cabe a todos nós restaurar a confiança da população ao promover uma gestão mais responsável e ética", disse no Instagram na última semana.

(Com informações da assessoria)

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