AL garante recursos para conclusão de reforma do antigo PS, paralisada na gestão de Emanuel

Prefeito, deputados e juíza Gleide Bispo visitaram local nesta terça-feira

LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO

Em uma ação conjunta com a prefeitura de Cuiabá, o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário, a Assembleia Legislativa garantiu a destinação de recursos para obra de reforma da área infanto-juvenil do antigo pronto-socorro de Cuiabá. A ala será localizada no terceiro andar da unidade, que está em reforma desde o período de intervenção na Saúde da Capital no ano de 2023, mas os serviços foram praticamente paralisados em 2024, já sob gestão da prefeitura.

A iniciativa da reforma da ala partiu da juíza Gleide Bispo dos Santos, titular da Vara da Infância e Juventude de Cuiabá. Segundo ela, existe uma demanda muito grande para atendimentos de crianças e jovens na Capital e que a reforma da unidade visa reduzir o tempo de espera nos atendimentos.

"O que mais preocupa é a falta de leitos de UTI. Por isso, é importante a reforma do terceiro andar, porque temos 15 leitos lá, sendo 10 de UTIs e 5 de semi UTIs", explicou a magistrada.

Segundo a magistrada, a Vara da Infância e médicos também já sugeriram a implantação de um pronto-atendimento infantil no local. A proposta chegou a ser acatada na época da intervenção na Saúde. "Na época da intervenção da saúde do município, o governador Mauro Mendes (União) achou ideia muito boa e deu início a obra. Porém, a obra ficou paralisada depois que saímos da intervenção", explicou a juíza, sem entrar no embate entre os políticos.

Articuladora da reunião, a deputada Janaína Riva (MDB) afirmou que os recursos da Assembleia serão repassados para a prefeitura de Cuiabá, que ficará com a responsabilidade de concluir a obra. "O Ministério Público vai colocar no TAC, que está vigente desde o período da intervenção para facilitar o recebimento do recurso e ser menos burocrático para fazer o quanto antes", detalhou.

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Já o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Doutor João (MDB) afirmou que o parlamento repassará o valor necessário para a obra. Segundo ele, após a apresentação do projeto, o Legislativo repassará o valor integral para o cofre do município, sem colocar qualquer objeção.

"Vamos ver o preço que vai ficar e a Assembleia vai pagar, como foi prmetido. A doutora Gleide pediu, inicialmente, R$ 500 mil. Eu não conheço como está a situação, pelo que foi conversado com a deputada Janaína, parece que R$ 500 mil não dá. Então, mesmo que for mais de R$ 500 mil, a Assembleia vai bancar e como foi conversado com a doutora, a Assembleia vai cumprir a promessa", garantiu.

Médico, o parlamentar do MDB afirmou que a saúde será uma das prioridades em seu período na 1ª secretaria da Assembleia. "Vamos encampar esse projeto, dar um encaminhamento o mais rápido possível em relação ao pedido dela e melhorar a solução da saúde para as crianças aqui de Cuiabá".

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), explicou como está o funcionamento do hospital - com apenas um bloco anexo funcionando com UTI infantil e setor de imagens - e a obra praticamente paralisada. Ele frisou que a conclusão dos serviços será uma prioridade em sua gestão, pois existe uma demanda grande para atendimentos de menores e jovens na Capiral e em todo Estado. "Não é uma obra do Abílio, nenhuma obra é do Abílio. É uma obra que já estava projetada há muito tempo, teve parceria do governador no período da intervenção e a gente vai terminar ela", assegurou.

O gestor afirmou que teve acesso aos dados da obra nesta terça-feira (7) e, a partir de agora, buscará as parcerias necessárias para a retomada e conclusão. "A gente vai conversar com o governador, os deputados da Assembleia Legislativa, porque precisamos de recursos novos", falou o prefeito.

Segundo Abílio, alguns setores da unidade estão em situação caótica e que vai precisar de uma reorganização do atendimento infanto juvenil no município. Entre as propostas, está a construção de uma nova ala infanto-juvenil no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). "A ala que tem aqui vive tem muitos problemas de infraestrutura e é preciso de uma nova construção", colocou. "O HMC, quando foi projetado, previa a expansão e podemos fazer isso", complementou.

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