LAISE LUCATELLI
DO MIDIANEWS
O Governo do Estado pagou até o momento, por meio da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), R$ 8.048.405,23 ao Consórcio Planservi-Sondotécnica, que foi alvo de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (16), na Operação Ararath, da Polícia Federal.
De acordo com os dados do Fiplan, já foram empenhados R$ 36,7 milhões para pagar o contrato, que foi firmado em 14 de janeiro deste ano.
O consórcio foi contratado para gerenciar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, ao custo total de R$ 46,9 milhões, com vigência de 27 meses, na modalidade Regime Diferenciado de Contratação (RDC).
De acordo com o contrato, o consórcio tem como obrigação gerenciar os projetos, obtenção de licenças e todas as etapas da obra.
A cláusula primeira estabelece que o objeto do contrato é o “gerenciamento e supervisão dos projetos básicos e executivos e da realização de todas as obras e instalações, obtenção das licenças ambientais, fornecimento e montagem de sistemas e material rodante para a implantação dos corredores estruturais de transporte coletivo na região metropolitana do Vale do Rio Cuiabá – RMV/RC, no modal veículo leve sobre trilho – VLT”.
O secretário da Secopa, Maurício Guimarães, disse na manhã de hoje que foi informado da ação da Polícia Federal apenas extra-oficialmente e não tem conhecimento dos motivos da busca e apreensão. "Nós contratamos esse consórcio porque toda obra com financiamento precisa ter uma gerenciadora, e o consórcio Planservi-Sondotécnica nos ajuda a gerenciar a obra do VLT", afirmou.
O custo total do VLT é de R$ 1,57 bilhão - valor que será pago ao Consórcio VLT Cuiabá, que não tem contrato direto com o consórcio que foi alvo da operação.
Operação
Na manhã desta segunda-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a terceira fase da Operação Ararath, e realizou uma busca e apreensão na sede do consórcio, que fica no primeiro andar do edifício Top Tower Center, na Avenida do CPA, em Cuiabá.
Os policiais federais chegaram ao edifício comercial às 5h57, e como naquele horário não havia nenhum funcionário no escritório, os agentes chamaram uma funcionária da limpeza como testemunha e entraram na sala com uma chave reserva, que ficava na portaria.
Após revistarem o escritório do consórcio, eles saíram às 9h50 levando pelo menos oito HDs (disco rígido de computador).
Clique AQUI para ler o contrato na íntegra.
Leia mais sobre o assunto:
Consultoria do VLT foi alvo da Polícia Federal em Cuiabá
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.