MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) minimizou as denúncias de corrupção na Saúde, reveladas pela Operação Colusão, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (30).
Para Emanuel, as sete licitações e dispensas de licitação com indícios de sobrepreço e fraude seriam "pouco".
"São milhares licitações, são milhares que existem. Se for ver a proporcionalidade, foi até pouco dentro da Saúde. Mas que seja uma licitação, merece total apoio (a investigação). Então, eu defendo que acho geral, essas empresas envolvidas, todas, tanto na Operação Curare, como nessa operação de ontem, prestam serviço para o Estado. Então, se houve má fé, por exemplo, no município, será que não houve um Estado também? Então, o Estado com preços maiores, inclusive... Então, eu não tô justificando, eu defendo a denúncia, que se investigue no rigor da lei e os responsáveis paguem no rigor da lei, mas que se investigue também não só Cuiabá. Tem muito dinheiro público na Saúde do Estado e de outros municípios. Para mim, demonstra que a minha gestão é transparente, eu não jogo sujeira para baixo do tapete, eu não fico evitando que críticas ou denúncias contra a minha gestão caiam na mídia, pelo contrário. Eu sou o maior interessado nas investigações nos esclarecimentos de toda e qualquer denúncia contra a minha gestão", disse o prefeito.
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Ex-secretário teria usado "laranja" para lavar parte de dinheiro desviado
A PF e a Controladoria Geral da União (CGU) identificaram até mais de 300% de sobrepreço e direcionamento dos contratos para a MT-Pharmacy.
O ex-secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, teria sido beneficiado com parte dos recursos que somam R$ 1,9 milhão.
Ele teria recebido valores por meio de uma funcionária de empresa da qual foi sócio antes de ser secretário.
"Olha, eu apoio toda medida que venha pela transparência, que venha pela seriedade, pela probidade administrativa. Teve problema? É grave? Tem que investigar, garanta o princípio do contraditório e da ampla defesa aos denunciados, e se houver responsabilização que pague no rigor da lei. Não tenho compromisso com o erro, nunca mandei ninguém fazer nada errado e fico de forma colaborativa apoiando porque defendo qualquer investigação da minha gestão, como defendo na gestão do Estado também e todos os entes federativos", continuou Emanuel.
OPERAÇÃO - A Polícia Federal deflagrou, na manhã de quinta-feira (30), a Operação Colusão, para apurar caso de corrupção envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
O ex-secretário de Saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, foi alvo de mandados de busca e apreensão, que são cumpridos pelos agentes federais, desde o começo da manhã.
Um endereço da empresa MT Pharmacy Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares, localizada no bairro Santa Rosa, também foi alvo de buscas da PF.
A empresa é responsável por um contrato, assinado por Pôssas em fevereiro de 2020, para compra de medicamentos e materiais hospitalares.
O valor do contrato era de R$ 310 mil, segundo o Portal Transparência.
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Ledi Figueiredo 19/10/2021
E agora José???
1 comentários