LETICIA AVALOS
Da Redação
Durante o evento de lançamento de edital para concessões de rodovias estaduais, nesta sexta-feira (29), o governador Mauro Mendes informou que Mato Grosso pode perder R$ 700 milhões em receitas nos próximos anos com o pacote de corte de gastos do Governo Federal. O número, segundo Mauro, foi levantado pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Uma das propostas do pacote anunciado na quinta-feira (28), pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, é isentar o Imposto de Renda (IR) daqueles que recebem até R$ 5 mil por mês e, em compensação, fixar uma alíquota efetiva mínima para os mais ricos.
“Hoje, o Imposto de Renda, pela Constituição, é receita do Estado e do município. Então, quando ele [Governo Federal] faz esta bondade, ele estará afetando, a partir da sua implementação, a receita de mais de 5.600 municípios brasileiros e de todas as 27 unidades da federação, além do próprio Governo Federal. Isso é um fato simples, objetivo e concreto de redução de receita, e uma expectativa de melhoria de receita com a tributação de dividendos. Eu não acredito que isso vá dar certo”, afirmou o governador.
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Mendes alegou que a política pode causar o desequilíbrio das contas públicas, resultando em altas taxas de juros no futuro, o que impactaria o consumo dos mais pobres. “Quando o trabalhador for comprar geladeira ou fogão a prestação, quem vai pagar essa conta do juro alto no Brasil? Quem vai pagar a conta da inflação?”, questionou.
O governador ainda cobrou que, caso a medida seja mesmo implementada, o Governo Federal compense Mato Grosso pela perda de receita. “Se ele está mexendo na nossa receita, ele tem que compensar”, disse.
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