LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO
O vereador Dilemário Alencar (União) denunciou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por prorrogar o contrato da coleta de lixo com a empresa Locar por 10 anos ao custo de R$ 85 milhões por ano. Em sua fala, o parlamentar comparou o atual prefeito com o personagem de desenho animado "Dick Vigarista".
Dilemário explicou que o atual contrato de coleta vence em 3 de dezembro e que a atual gestão deveria usar uma alternativa mais prudente. "Se o atual contrato da coleta de lixo vai vencer dia 3, era até compreensível fazer um contrato emergencial por 6 meses", exemplificou.
Porém, nesta quarta-feira (27), o parlamentar viu uma publicação na Gazeta Municipal o resultado de uma nova licitação, que prevê um contrato pelo período de 10 anos, cuja vencedora foi a Locar Ambiental, empresa que já realiza os serviços, alvo de reclamação nos bairros de Cuiabá.
"Ontem, fiscalizando, percebi que ele publicou na Gazeta Municipal, esse aviso de resultado de um pregão eletronico, onde a Câmara Municipal não ficou sabendo, a grande imprensa não noticiou e ele, pasmem, prorrogou, criou um novo contrato com a empresa Locar um contrato anual de 85,7 milhões e esse contrato pode perdurar até por 10 anos", descreveu.
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"Fazer uma nova licitação e a empresa que está prestando serviço ganhar e ele não ter noticiado na imprensa e à Câmara Municipal que iria fazer uma nova licitação, isso está cheirando muito mal", complementou.
Dilemário já anunciou que irá procurar o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público para evitar a assinatura do contrato. "Esse contrato é lesivo aos cofres da prefeitura de Cuiabá. Essa empresa que presta um péssimo serviço, ela não pode ser beneficiada com um contrato que a partir do ano que vem os cuiabanos podem pagar R$ 85 milhões por ano".
O parlamentar lembrou que a atual gestão se encerrará em pouco mais de 30 dias e o contrato longo com alto valor já compromete a gestão do prefeito eleito Abílio Brunini (PL). "Vigarista tem que ser preso. Emanuel Pinheiro vai deixar um rombo de mais de R$ 2 bilhões nos cofres públicos da prefeitura de Cuiabá. Esse contrato aqui, significa quase 1 bilhão em 10 anos para uma coleta de lixo ineficiente", finalizou.
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