MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O senador Jayme Campos (União Brasil) é o terceiro parlamentar de todo o Congresso Nacional com mais emendas empenhadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. O empenho é uma espécie de "compromisso" em que o dinheiro é reservado para a ação indicada pelo parlamentar.
Segundo dados do painel Siga Brasil, Jayme recebeu R$ 16,8 milhões em empenhos de emendas feitas pelo Executivo até 9 de maio, data mais recente disponível. Ele só tem menos emendas empenhadas que as senadoras Mara Gabrilli (PSD-SP), com R$ 28,2 milhões, e Daniella Ribeiro (PSD-PB), com R$ 23,3 milhões.
As emendas empenhadas neste ano foram aprovadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano passado, portanto parlamentares que não estavam no mandato em 2022 não possuem emendas próprias em 2023.
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Dos demais representantes de Mato Grosso, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho (MDB), é o único que também teve emendas empenhadas. O governo fez o compromisso de pagar R$ 5 milhões em recursos direcionados pelo filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
O governo também não empenhou dinheiro para nenhuma das emendas da Bancada de Mato Grosso, o que beneficiaria, em tese, todos os parlamentares do Estado.
Foram empenhadas duas emendas de Jayme, ambas por meio do Fundo Nacional de Saúde. Houve empenho de R$ 4,1 milhões para custeio de assistência hospitalar e ambulatorial e mais R$ 12,6 milhões para custeio de serviços de atenção primária à Saúde. As duas emendas foram destinadas ao Governo do Estado e foram empenhadas apenas parcialmente, sendo que os valores totais são R$ 8,5 milhões e R$ 20,9 milhões, respectivamente.
A situação é similar para Emanuelzinho, para quem o governo empenhou R$ 3,7 milhões para assistência hospitalar e ambulatorial, e outros R$ 1,2 milhão para atenção primária da Saúde. As emendas também têm valores totais maiores, de R$ 7,6 milhões e R$ 5,1 milhões, respectivamente.
Lula tem tido dificuldades para aprovar medidas no Congresso e sofre pressão dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por mais "articulação política". Deputados e senadores discutem cargos e pagamento de emendas para ajudar o governo a aprovar projetos, como o PL nº 2630/2020, conhecido como "PL das Fake News". Lula ainda não tem maioria para passar a medida.
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