MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Mesmo depois de o senador e presidente estadual do PSD, Carlos Fávaro, declarar apoio à candidatura de Márcia Pinheiro (PV), o secretário indicado pelo partido segue no cargo no Estado. Outros subsecretários que atuam no governo Mendes também continuam no mesmo lugar em que estavam.
Márcia, que também é primeira-dama de Cuiabá, enfrenta o governador Mauro Mendes (União Brasil) nas eleições deste ano. O nome de Fávaro foi cogitado para a disputa pelo governo, e em meio às discussões o marido de Márcia e prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), declarou que o senador precisava abrir mão de seus cargos no Estado.
Desde o começo da gestão Mauro Mendes o PSD mantém a indicação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci). Primeiro, com Nilton Borgato (PSD), e desde abril deste ano com o secretário Maurício Munhoz. Além do chefe da pasta, o PSD tem outros cargos comissionados na estrutura da Seciteci.
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Segundo fontes ouvidas pela reportagem, pesa a favor da manutenção de Munhoz o fato de ser uma indicação técnica para a governo. O secretário é formado em Ciências Sociais, com mestrado em agronegócio e experiência em diversas pastas da gestão estadual.
Apesar de Fávaro ter se juntado à candidatura de Márcia para dar palanque ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso numa articulação com o agronegócio, os deputados estaduais do PSD seguem dando sustenção ao governo de Mauro Mendes, que vai apoiar Jair Bolsonaro (PL) à presidência.
Na quarta-feira (10), o vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos), esteve na Assembleia Legislativa e se reuniu com os parlamentares de PSD e PP para tratar da continuidade do apoio ao governo. Maurício Munhoz é ligado ao deputado Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), que costurou sua indicação a cargo de adjunto na Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) antes da ida à Seciteci.
O PP vive situação semelhante, tendo o deputado federal Neri Geller como candidato ao Senado pela chapa de Márcia com apoio a Lula. Após a reunião, Pivetta confirmou que a tendência era de que os deputados dos dois partidos seguissem com o governo.
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