ALLAN PEREIRA
Da Redação
Apesar do clima de racha e das críticas do líder do Governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal Bosco (UB), sobre a falta de organização para montagem do diretório do União Brasil e das chapas, o presidente do antigo Democratas e suplente ao Senado, Fábio Garcia, joga panos quentes nos ânimos acalorados. Fabio garante que o partido vai estar 100% formalizado e com CNPJ até o final desta semana (25).
“Essa semana está resolvido. Podem anotar”, disse Fábio Garcia nesta segunda (23). Sua missão atual é tranquilizar e amenizar o clima de animosidade dentro do União Brasil.
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Conforme publicado pelo MidiaJur, o presidente da Assembleia, deputado estadual Eduardo Botelho, afirma que o União Brasil (no qual também é filiado) vive um momento melindroso em que nomes do partido ameaçam deixar o grupo, como Dilmar e Júlio Campos.
“Mas faz parte. A política é assim e temos que entender. Mas eu acredito que o União Brasil (UB) vai ficar firme e estamos fazendo todo esforço para manter todos no grupo em torno da reeleição do (governador) Mauro Mendes", disse Botelho.
O momento melindroso é reforçado pelas críticas de Dilmar, que chegou a afirmar que a fusão do PSL com o DEM não acrescentou nada para Mato Grosso e que o União Brasil não existia. "Não tem CNPJ, não tem ninguém ainda comandando União Brasil no Estado Mato Grosso", diz.
O deputado critica que o partido não está viabilizando as candidaturas e ter um diretório provisório para articular as candidaturas das eleições, além de dizer que tem só até o início de abril para ter tudo formalizado para registro das chapas.
Fábio jogou panos quentes e afirma que o União Brasil está dentro do prazo. "Bom, primeiro tem que entender que o União Brasil é um partido novo, recém-formado. Então, as aprovações dos diretores estaduais estão sendo feitas pela nacional e muitos estados não tem formando ainda [os diretórios]. Faz parte do processo", diz.
O presidente do antigo DEM explica que, depois de definir a composição do diretório, os nomes serão mandados para a direção nacional do partido, que vão aprovar ou não composição. É só depois da aprovação é que o União Brasil em Mato Grosso poderá emitir o CNPJ. O suplente pontua que, como não há o próprio diretório, os nomes serão escolhidos em uma construção dentro do próprio partido.
"Por isso, toma tempo. Aqueles que estavam acostumados a fazer as coisas aos trancos e barrancos, a gente faz com muito diálogo. Isso toma tempo. A democracia toma tempo, mas é o caminho sempre mais correto", reitera.
Apesar da indefinição do diretório e da falta do CNPJ, Fábio diz que não está havendo problema para a formação das chapas e não vê impacto para o registro das candidaturas.
A democracia é diferente da inércia. Desde que nos foi incumbido montar o diretório, a gente tem conversado muito com Jaime, Júlio, Dilmar, deputado Eduardo Botelho, governador Mauro Mendes. Então, não é inércia; é democracia
"Claro que não. Veja bem, a legislação diz que as pessoas que vão disputar a eleição precisam estar filiadas em um partido político seis meses antes do pleito eleitoral. Portanto, o União Brasil é um partido político já consolidado a nível nacional. Então, elas podem estar filiadas no União Brasil sem problema nenhum”.
A fala do dirigente contrária Júlio Campos, que chegou afirmar à imprensa nesta terça (22), que o UB encontra uma certa dificuldade para encontrar nomes para preencher as chapas de deputado estadual e federal.
O suplente rebateu ainda as críticas de inércia para estruturar o partido em Mato Grosso por meio do diretório e pontua que se esforça para manter Dilmar, Julio e outros nomes no partido.
"A democracia é diferente da inércia. Desde que nos foi incumbido montar o diretório, a gente tem conversado muito com Jaime, Júlio, Dilmar, deputado Eduardo Botelho, governador Mauro Mendes. Então, não é inércia; é democracia".
Fábio não vê fragmentação no União Brasil, mas diz que trabalha para evita-la. Para isso, faz uma série de reuniões com as lideranças do partido, como a que ocorre no final da manhã desta terça (22) no Palácio Paiaguás. Participaram do encontro o governador Mauro Mendes, Botelho, Júlio, o presidente do PSL, Aécio Rodrigues, entre outros nomes tradicionais do antigo DEM. O objetivo da reunião era justamente aparar as arestas e montar as chapas.
O primeiro sinal de definição foi o anúnicio do secretário Mauro Carvalho de deixar a Casa Civil e trabalhar na articulação interna do União Brasil. Após isso, Dilmar sinalizou que "pode ficar" no partido, ainda sem muita certeza.
Embora Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco e Eduardo Botelho coloquem Fábio como o presidente do União Brasil, ele próprio desconversa quando perguntado. "Isso depende do grupo. Eu acho que temos nomes qualificados para poder assumir o partido”, diz.
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