LÁZARO THOR
O Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) fechou o ano de 2022 com a arrecadação recorde de R$ 59.596.719,91.
Esta é a maior arrecadação dos últimos quatro anos. De acordo com dados do Portal da Transparência do próprio DAE, a arrecadação é maior que nos anos de 2019, 2020 e 2021.
O número também supera arrecadação de anos anteriores, o que mostra que a arrecadação da autarquia vem em uma crescente constante. A arrecadação de 2022 superou em mais de R$ 5,2 milhões a arrecadação do ano anterior.
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Por conta da ineficiência do departamento em levar água para todo o município, alguns políticos da cidade industrial defendem a privatização do DAE. A ideia é rejeitada pelo atual comando da prefeitura.
Total de arrecadação dos últimos anos
2022 - 59.596.719,91
2021 - 53.923.781,43
2020 - 47.027.315,61
2019 - 45.868.004,17
2018 - 36.958.309,81
2017 - 31.564.678,71
2016 - 26.494.048,82
2015 - 24.890.585,27
2014 - 24.998.406,59
2013 - 20.135.858,64
2012 - 18.556.978,03
2011 - 18.640.036,71
2010 - 14.905.427,89
2009 - 14.702.282,35
Apesar da alta arrecadação, políticos de Várzea Grande pintam um cenário de "terra arrasada" no DAE. O vereador Pedro Paulo Tolares (União Brasil), presidente da Câmara do município, afirmou nesta terça-feira (28) o poder público não tem condições de manter o DAE.
"Hoje o DAE sobrevive a folha de pagamento é pago porque o prefeito repassa mensalmente o dinheiro da conta da água que os outros órgãos repassa no município, então hoje está inviável, é chover no copo de água, por mais que invista-se hoje não vai solucionar o problema", afirmou Pedrinho, como é conhecido.
O prefeito Kalil Baracat (MDB) afirmou, na última segunda-feira (28), ser contra a privatização do DAE porque "perderia investimentos". Na avaliação dele, se privatizado, o órgão não teria como angariar recursos federais.
Na sessão realizada na Câmara de Várzea Grande nesta terça-feira (29) vereadores também comentaram sobre uma suposta situação crítica do DAE em relação as suas contas, mas não informaram sobre o crescimento da arrecadação.
Segundo o vereador Rogério da Dakar (PSDB), aliado de Kalil, um dos problemas do DAE é o custo com pagamento da conta de energia. Ele defendeu a adoação de energia solar.
"O DAE hoje paga em torno de R$ 2 milhões por mês de energia elétrica e hoje se for implantada energia solar ele vai pagar isso de prestação e no término desse financiamento vai ter esse dinheiro no caixa", afirmou.
"A culpa hoje não podemos jogar no prefeito Kalil, ele está fazendo os investimentos na cidade de Várzea Grande, nós temos que dar tempo ao tempo, se for para falar a verdade por falta dos gestores que se passaram por falta de gestão, eu sou totalmente contra a privatização de qualquer órgão público", completou o vereador.
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