LETÍCIA PEREIRA
O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), esteve nesta terça-feira (29) na Câmara de Cuiabá para dialogar com os vereadores sobre algumas proposituras que estão em trâmite ainda na atual legislatura, mas que impactarão em sua gestão. A principal questão discutida é a Lei Orçamentária Anual (LOA), em que o futuro gestor acredita que a atual administração da Capital possa promover uma 'pedalada' no Orçamento da Capital.
De acordo com Abílio, as informações recebidas são de que a atual gestão está 'inflando' o orçamento do próximo ano para incluir um déficit de cerca de R$ 500 milhões que serão deixados para 2025.
O prefeito eleito estima que a receita da Capital para o próximo ano, enquanto o texto enviado ao Legislativo indica uma estimativa de R$ 5,2 bilhões justamente para abrigar este déficit. "Haveria essa superestimativa de R$ 5,2 bilhões para poder relaxar, tendo o que eles estão tendo de negativo deste ano para o ano que vem. É pedalada, mas a gente não vai fazer essa afirmação antes de ter acesso a esses dados pela equipe de transição. Por isso é importante a Câmara segurar um pouco a questão da LOA e aguarde a compatibilidade dos dados", colocou.
Abílio afirmou também que quer debater com os vereadores da atual legislatura a revisão do plano diretor da Capital, que prevê a expansão do perímetro urbano da Capital. "Não traz nesse primeiro momento nenhuma justificativa de adestramento urbano, que isso compromete toda a gestão pública", assinalou.
Em relação ao empréstimo de R$ 139 milhões já aprovados pela Câmara e suspenso pelo Tribunal de Contas, o prefeito eleito frisou que não será debatido neste momento. Isso porque a revogação só é cabível por meio de mensagem do Executivo.
TRANSIÇÃO E TAXA DO LIXO
O prefeito eleito também colocou que não definiu os nomes para compor sua equipe de transição para obter dados da atual gestão. Segundo ele, passadas menos de 48 horas da confirmação da vitória, a expectativa é de fechar as contas da campanha nos próximos dias e, aí sim, formar a transição.
Ele, no entanto, relatou que a prefeitura já tomou a iniciativa de preparar a transição de gestões. "Assim que a gente protocolar a equipe de transição só vai fazer a compatibilidade de informação", destacou.
Em relação a taxa de lixo - uma de suas principais bandeiras de campanha -, o prefeito eleito descartou fazer pressão sobre os atuais vereadores para a revogação, já que ela só pode ocorrer através de mensagem do Executivo. "Agora, se o atual prefeito mandar, vai ser lembrado como o prefeito que revogou a taxa do lixo. Se ele não mandar, eu vou mandar".
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