A razão do presente artigo de opinião é fazer uma singela reflexão acerca da triste realidade que assola milhões de brasileiros e milhares de mato grossenses, conforme o aumento galopante da inflação para patamares acima de 10%(dez por cento), o qual corrói o poder de compra dos brasileiros, a falta de emprego e até mesmo dificuldades em subempregos(vide o caso de motoristas de aplicativo) desanda em cenas lamentáveis.
No Rio de Janeiro, circulou vídeos que mostra a população miserável vasculhando lixos, alguns casos de invasão a caminhões que tinham carcaças de animais.
No conforto de suas poltronas e gabinetes, podem descansar em plácidos descansos com refeições 'reembolsáveis' pelas respectivas casas legislativas, enquanto o povo que representam busca em ossos e carcaças uma refeição
Houve aumento significativo na procura e consequente venda de carcaça de frango, porco e boi, algo inimaginável em um passado recente, que choca, emociona e torna impossível a sensibilização.
No suntuoso Estado do Mato Grosso, cuja riqueza abunda das vasta planícies descampadas, não poderia ser diferente.
Infelizmente, tornou-se em proporções alarmantes uma “fila do ossinho”, em um determinado açougue de Cuiabá, o qual, rotineiramente, já realizava tal doação, observou o aumento catastrófico das pessoas em busca da doação de ossos em busca do mínimo de proteína para manutenção de uma dieta de subsistência.
Essa semana foi veiculado em inúmeros jornais a presença de pessoas “pernoitando” na fila, ante a procura demasiada e a escassez de ossos.
Leitor, eu repito a frase e o convido para uma reflexão: “PESSOAS PERNOITANDO EM FILAS PARA BUSCAR OSSOS”.
Não estamos mais à beira do caos, estamos vivendo no caos.
O que chama a atenção é que essa pintura não choca os parlamentares federais que votaram pela derrubada do Veto n.44/2021, aumentando o Fundo Eleitoral de 2022 de R$ 2 bilhões para cifras próximas de R$ 6 bilhões.
A crise econômica não chegou aos nababescos gabinetes de deputados federais e senadores de Mato Grosso, com suas “cotas parlamentares” disso e daquilo.
No conforto de suas poltronas e gabinetes, podem descansar em plácidos descansos com refeições “reembolsáveis” pelas respectivas casas legislativas, enquanto o povo que representam busca em ossos e carcaças uma refeição.
Carlos Fávaro, Jayme Campos, Wellington Fagundes, Neri Geller, Professora Rosa Neide, Juarez Costa, Carlos Bezerra, José Medeiros, Nelson Barbudo, Emanuelzinho e Dr Leonardo...
Esse este texto é para vocês.
Certamente, terão um Natal mais suntuoso e farto do que milhares de mato-grossenses da “fila dos ossinhos”.
JULIANO RAFAEL TEIXEIRA ENAMOTO é católico, advogado concursado na Câmara Municipal de Sapezal, formado em Direito pela Universidade Federal de Rondônia.
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