DA REDAÇÃO
O prefeito diplomado de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), anunciou que irá responsabilizar o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), e o fiscal da obra do Mercado do Porto caso ela seja inaugurada inacabada. A atual gestão prevê inaugurar a 2ª etapa da requalificação do Mercado do Porto no próximo dia 27 de janeiro.
Abílio insinuou que não há prazo hábil para que os serviços sejam concluídos até a data da inauguração. Ele destacou que existe uma lei municipal que proíbe a inauguração de obras inacabadas no município, sob pena de responsabilização dos gestores.
"Não tem projeto de prevenção e combate a incêndio aprovado e nem alvará. Não tem alvará da vigilância sanitária. Não tem abastecimento de água e esgoto em algumas bancas, os corredores não possuem ralos ou grelhas de escoamento de água e a obra precisa de adequações elétricas conforme projeto", escreveu Abílio em suas redes sociais, mostrando que existem avarias em praticamente toda a obra e que a instalação do concreto está sendo feita de forma inadequada, para poder ser "entregue" parcialmente no dia 27.
O prefeito eleito admitiu que o espaço provisório em que estão os feirantes é inadequado. Todavia, se instalarem no local sem as obras estarem prontas não é a medida adequada. "O feirante que não vier não é obrigado a vir, também não é obrigado a ficar", avisou Abílio.
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O secretário de Trabalho e Agricultura, Francisco Vuolo, esteve visitando a obra e afirmou que o objetivo é inaugurar no próximo dia 27. Segundo ele, esta é uma reivindicação dos próprios feirantes para ampliarem as vendas já neste fim de ano.
"Estará preparada para atender os feirantes, atender a sociedade. No ponto de vista nossa é que não pode continuar atendendo onde está, que não tem as condições adequadas", colocou Vuolo, destacando que a responsabilidade pelas obras é da Secretaria de Obras.
Abílio reforçou ao atual secretário que tem o compromisso de concluir a obra caso ela não esteja pronta ainda na atual gestão. "Se no dia 27, aqui não tiver alvará de combate a incêndio, licença da Vigilância Sanitária. Se não tiver com obras prontas existe uma lei municipal que proíbe a inauguração das obras inacabadas, aí nós teremos que fechar para concluir as obras. Temos que parar com essa coisa de inaugurar obras inacabadas", assinalou.
Além da falta de conclusão dos trabalhos, o prefeito eleito denunciou que os entulhos da obra estão sendo despejados numa área de preservação permanente nos fundos do mercado. Além disso, o lixo dos comércios que já funcionam no local não está sendo coletado.
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