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OPINIÃO Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2025, 13:57 - A | A

31 de Janeiro de 2025, 13h:57 - A | A

OPINIÃO / CORONEL FERNANDA

Feminicídio: a barbárie exige ação imediata

CORONEL FERNANDA



Mais uma mulher foi brutalmente assassinada em Mato Grosso. Dessa vez, em Confresa, diante das próprias filhas, Regiane Alves da Silva, de 29 anos, foi morta a facadas pelo marido. Ela segurava a filha de 3 anos no colo quando foi esfaqueada.

Uma cena de horror que se repete com uma frequência estarrecedora: mais de 40 mulheres perderam a vida em 2024 vítimas de feminicídio em Mato Grosso. Como se não bastasse, as tentativas também aumentaram 15% no ano passado. O que estamos esperando para agir com mais firmeza?

O feminicídio não é um crime qualquer. Ele representa o estágio final de um ciclo de violência que, muitas vezes, se arrasta por anos. Ele tem raízes em relações abusivas, na impunidade e na falha dos mecanismos de proteção às vítimas. Quando um homem se sente no direito de tirar a vida de sua esposa ou companheira, é porque a sociedade falhou em dar a resposta adequada antes que esse crime ocorresse.

O Estado precisa agir com mão firme. É urgente ampliar o acesso das mulheres a medidas protetivas, garantir que a fiscalização dessas medidas seja eficaz e que os agressores sintam o peso real da lei. Precisamos fortalecer o combate a essa violência dentro das delegacias, com mais delegacias especializadas, melhor estrutura para as vítimas denunciarem e uma ação policial mais rápida e eficiente.

Mas não é só o poder público que precisa agir. A sociedade também tem um papel fundamental. Muitas dessas mulheres assassinadas já haviam sofrido violência antes. Quantas vezes vizinhos, amigos e parentes viram sinais de abuso, ouviram gritos de socorro? A violência contra a mulher não pode ser tratada como um problema privado, mas sim como uma responsabilidade coletiva.

Como parlamentar e como mulher, me comprometo a continuar lutando por leis mais rigorosas, pela fiscalização efetiva das medidas protetivas e pela ampliação das políticas de prevenção. Não podemos naturalizar essas tragédias. Cada vida perdida é um grito de socorro que não foi ouvido a tempo.

O caso de Confresa não pode ser apenas mais um número. Ele precisa ser um marco para que, finalmente, deixemos de lamentar e passemos a agir com a firmeza necessária. O feminicídio tem que parar. E essa luta exige ação de todos nós.

*Coronel Fernanda é deputada federal e líder da bancada no Congresso Nacional.

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