THIAGO STOFEL
DA REDAÇÃO
As festas de formaturas dos estudantes de Medicina das universidades de Cuiabá e Várzea Grande, respectivamente, Unic e Univag, que estavam agendadas para os dias 1º (amanhã) e 8 de fevereiro, podem não acontecem em razão de um possível calote que a empresa Imagem Eventos teria aplicado nos estudantes.
De acordo com uma das alunas, que procurou o Mídia Jur, os formandos de Medicina da Univag teriam investidos mais de R$ 1,2 milhão para realização da festa. Ela ainda relatou que a empresa entrou em contato com os estudantes somente nesta sexta-feira (31), véspera da festa, informando por meio de uma carta que não poderá realizar o baile, por conta de dificuldades financeiras.
“É com imensa tristeza que comunicamos esta informação por meio desta notificação, pois gostaríamos de poder fazê-lo pessoalmente. No entanto, diante das circunstâncias, não foi possível. Infelizmente, como muitos já devem ter percebido, a IMAGEM EVENTOS enfrenta um cenário financeiro extremamente delicado, decorrente de anos de dificuldades impostas ao setor de eventos, especialmente após a pandemia”, diz trecho da notificação.
O comunicado diz que a empresa está em recuperação judicial em razão das crises financeiras que enfrentou durante a pandemia da Covid-19, o que teria causado uma drástica redução nas receitas por conta das restrições a eventos. Conforme o comunicado, "o objetivo da recuperação judicial seria permitir a reorganização das atividades da empresa e assegurar o cumprimento de suas obrigações. Porém, o processo é demorado e tornaria impossível a realização do evento".
No comunicado a empresa ainda explica "que irá entrar em contato com os seus colaboradores em um prazo de até 10 dias, para que todos possam receber seus direitos". A empresa é de propriedade de Antonia Alzira Alves do Nascimento. Segundo os alunos, o filho dela, Márcio Nascimento, atua como representante junto às comissões de formatura.
PRESSÃO PARA RECEBER
A reportagem apurou que a empresa Imagem Eventos teria pressionado alunos inadimplentes a quitarem seus débitos na semana passada. Por fim, foi constatado que até o momento, a empresa repassou somente 30% do valor total aos alunos.
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