MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) suspendeu a licença da Cooperativa de Pequenos Mineradores de Ouro e Pedras Preciosos de Alta Floresta (Cooperalfa) para garimpo de ouro em uma fazenda em Carlinda. Segundo a área técnica da pasta, a cooperativa teria desmatado ilegalmente uma Área de Preservação Permanente (APP) e poluído um rio que passa na propriedade.
A decisão foi publicada no Diário Oficial na última segunda-feira (1º). A área explorada pela cooperativa, que é chefiada por Darcy Winter, fica na Fazenda Morada Nova e Recomeço, na zona rural de Carlinda. Por ali, passa o Rio Quatro Pontes.
De acordo com o relatório técnico, a Cooperalfa realizou atividade de lavra garimpeira em desacordo com as condicionantes da licença de operação do empreendimento, suprimiu a vegetação nativa de APP na Fazenda Recomeço e ainda fez garimpo "incidindo em córrego, consequentemente ocasionando poluição da água".
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A Sema também abriu um processo de responsabilização ambiental da cooperativa pelos danos causados na área.
A Cooperalfa fazia a extração de ouro em três atividades: avanço da frente de lavra, processamento do minério e apuração do ouro, também conhecida como "amalgamação". Trata-se de um garimpo a céu aberto em que primeiro as escaveiras extraem o material da superfície para atingir o ouro a cerca de cinco ou sete metros de profudindade e, depois, o material é desagregado com jatos d'água. A extração final do ouro nesse empreendimento era feito com uso de mercúrio.
"Desta forma, o cooperado responsável ao realizar lavra irregular, infringindo normas legais e não cumprindo as condicionantes da LO 30014/2023. Constaou-se ainda que não foram juntadas ao processo de licenciamento informações técnicas requisitadas nas condicionantes de licença referente a água captada (utilizada) pelo empreendimento e reforma da central de amalgamação", diz trecho do relatório.
De acordo com o documento, as escavações e dragagens próximos ao rio removeu a cobertura vegetal e desestabilizou o solo, gerando resíduos que poluíram a água na região.
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Marcelo Correa Merlo Pantuzza 08/04/2024
Não tenho mais esperança. Este país no futuro será uma vastidão deserta.
Geraldo Magela da Silva 08/04/2024
A maioria dessas cooperativas são verdadeiras imobiliárias criadas para requerem gratuitamente e vendem áreas para reais interessados em investir e gerar emprego e renda e averbando contratos de compra e venda no próprio DNPM Órgão que deveria coibir as especulacoes.
2 comentários