THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
O desembargador Rui Ramos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou a retirada da tornozeleira eletrônica do empresário Giovanni Zem Rodrigues, genro do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro.
Zem é acusado de liderar um grupo envolvido com lavagem de dinheiro e jogo do bicho em Mato Grosso.
Ele foi preso em maio do ano passado durante a Operação Mantus e usava o monitoramento desde agosto, quando conseguiu liberdade. Arcanjo também chegou a ser preso na ação policial.
Na decisão, publicada na terça-feira (15), o desembargador atendeu a um pedido da defesa do empresário, que solicitou a extensão dos benefícios concedidos a Mariano Oliveira da Silva, que também foi alvo da operação.
Rui Ramos, no entanto, manteve as demais cautelares impostas a Zem, como proibição de contato com testemunhas e demais réus do caso e apreensão do passaporte.
“Assim, concedo a extensão requerida em favor de Giovanni Zem Rodrigues, apenas e somente para retirar a medida cautelar diversa de monitoração eletrônica, mantendo-se as demais medidas cautelares impostas”, decidiu Rui Ramos.
A Mantus
A Operação Mantus investigou dois grupos supostamente envolvidos com lavagem de dinheiro e jogo do bicho em Mato Grosso: a “Colibri” que seria chefiada por Zem e Arcanjo e a Ello/FMC, que seria liderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho.
Em julho de 2019, o juiz Jorge Luiz Tadeus Rodrigues, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, acatou as denúncias do Ministério Público Estadual (MPE) referente as duas organizações.
Em maio deste ano, porém, o Tribunal de Justiça trancou a denúncia em relação ao ex-comendador por falta de provas.
Continuam denunciados Giovanni Zem, Noroel Braz da Costa Filho, Mariano Oliveira da Silva, Adelmar Ferreira Lopes, Sebastião Francisco da Silva, Marcelo Gomes Honorato, Agnaldo Gomes de Azevedo, Paulo César Martins, Breno César Martins, Bruno César Aristides Martins, Augusto Matias Cruz, José Carlos de Freitas, vulgo “Freitas”, e Valcenir Nunes Inerio, vulgo “Bateco”.
Todos vão responder pelos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho, extorsão, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
Já referente à organização Ello/FMC, além de Frederico Müller Coutinho foram denunciados,Dennis Rodrigues Vasconcelos, Indinéia Moraes Silva, Kátia Mara Ferreira Dorileo, Madeleinne Geremias de Barros, Glaison Roberto Almeida da Cruz, Werechi Maganha dos Santos, Edson Nobuo Yabumoto, Laender dos Santos Andrade, Patrícia Moreira Santana, Bruno Almeida dos Reis, Alexsandro Correia, Rosalvo Ramos de Oliveira, Eduardo Coutinho Gomes, Marcelo Conceição Pereira, Haroldo Clementino Souza, João Henrique Sales de Souza, Ronaldo Guilherme Lisboa dos Santos e Adrielli Marques.
Pesam contra integrantes da Ello/FMC a prática dos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
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