ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, não vê problemas no aumento do valor de implantação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, desde que as obras não parem. Para o conselheiro, é urgente que as obras continuem, para as os dois municípios não sofram novamente com um projeto de mobilidade parado ou não concluído, como foi o VLT. As declarações foram dadas na manhã dessa sexta-feira (07/02), durante a solenidade de posse do novo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, promotor Rodrigo Fonseca Costa.
Nesta semana, o governador Mauro Mendes anunciou a rescisão do contrato com o consórcio responsável pelas obras, alegando atrasos na execução do projeto. De acordo com o conselheiro do TCE-MT, será criada uma forma para que as obras não parem, embora já haja sinais de paralisação, com as empresas tendo deixado os canteiros de obras, retirados maquinários e trabalhadores.
"Já conversei com o governador, a obra não pode e não vai parar de jeito nenhum. Não vai ter uma interrupção. Estamos estudando a melhor forma para que a obra comece em um ritmo, aumente esse ritmo e o projeto termine dentro do prazo estabelecido". Sérgio Ricardo disse que o BRT tem que ficar pronto até o final deste ano.
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Ainda, segundo o conselheiro, uma resolução está para acontecer nas próximas horas. "Estamos discutindo diariamente, acabei de conversar novamente com o governador, estamos debatendo com os demais conselheiros. Estamos buscando a melhor forma. Será uma formato emergencial, que dê continuidade as obras. Essa resolução está para acontecer nas próximas horas. Podemos dizer que a obra não será interrompida por conta de rescisão contratua
Uma solução, de acordo com ele, seria contratar várias empresas diferentes para tocar cada uma das diferentes etapas do projeto. "Tem que buscar um grupo que tenha capacidade técnica para, imediatamente, dar sequência ao projeto. A obra não pode sofrer interrupção. Nós estamos em uma emergência e quando estamos em uma emergência há possibilidade de buscar uma solução fora do processo normal".
Sobre a possibilidade de uma ação emergencial elevar o valor final das obras, o presidente do TCE-MT afirmou que encarecimento da construção é um processo natural. "Eu não vejo nenhum problema em aumentar o valor da obra, porque é assim mesmo. Toda obra tem aumento de custos. Então, isso não é um problema".
O presidente do TCE-MT declarou que o Tribunal irá acompanhar de perto todo processo de contratação das novas empresas e de execução das obras.
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