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JUSTIÇA Quarta-feira, 07 de Setembro de 2022, 16:45 - A | A

07 de Setembro de 2022, 16h:45 - A | A

JUSTIÇA / GRUPO DE EXTERMÍNIO

Sargento PM suspeito de liderar milícia comprou terreno que já foi da prefeitura

Suspeito fez a compra no mesmo dia em que outro homem a compra

DA REDAÇÃO



O sargento PM Manoel Santos Silva, investigado por supostamente liderar uma milícia envolvida em diversos homicídios qualificados, já comprou um imóvel que foi da Prefeitura de Aripuanã (a 1.002 km de Cuiabá).

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1 milhão em bens do policial militar, por indícios de que o agente teria feito fortuna ao atuar com tráfico de drogas na região norte do estado. 

A reportagem do MidiaJur obteve acesso ao registro de imóveis da propriedade de 437,5 m², localizada no bairro Cidade Alta do mesmo município. Apesar da decisão judicial de bloqueio estar sob sigilo, o imóvel é uma das propriedades que consta em cartórios no nome do policial. 

Leia mais:

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O imóvel em questão pertencia a Prefeitura de Ariupanã e foi alineado a um morador de Campo Novo do Parecis em 29 de dezembro de 2014.

O morador terminou de pagar pela compra do imóvel, em 11 de maio de 2015, o valor total foi de R$ 33.229, conforme consta documento do 1º Ofício de Aripuanã.

Ele vendeu o imóvel ao sargento PM Manoel, em 20 de outubro de 2010, por R$ 10.890. O valor é 67% menor do que foi comprado pela prefeitura. Os registros em cartório foram feitos em maio de 2015.

Atualmente, Manoel se encontra preso, de forma preventiva. Ele também foi alvo de mandado de bloqueio de contas em bens de até R$ 1 milhão entre veículos, terrenos e sítios. As ordens foram determinadas pela Vara Criminal da Comarca de Brasnorte.

De acordo com o delegado Eric Fantin, o bloqueio dos bens é uma forma de responsabilização do investigado diante dos inúmeros crimes praticados.

Dois inquéritos, que apuraram homicídios ocorridos em Brasnorte entre 2020 e este ano, evidenciaram que o policial militar liderou as execuções, cujas características apontam para a formação de um grupo de extermínio criado por ele.

Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que o servidor fazia questão de falar que ‘ninguém matou mais vagabundos do que ele’.

Elementos reunidos nos inquéritos indicam que a motivação para a execução dos crimes seria, na verdade, o domínio territorial para o tráfico de drogas.

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