MIKHAIL FAVALESSA E LÁZARO THOR
Da Redação
O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, encaminhou ofícios a duas Promotorias de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE) para apurar a conduta dos policiais militares que prenderam integrantes da Juventude do Partido dos Trabalhadores (PT) na segunda-feira (12).
A prisão aconteceu depois que os jovens filmaram a presença do tenente Arillo e do sargento Kelciano em meio ao acampamento bolsonarista em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Cuiabá. Um dos policiais é visto comendo um lanche dentro de uma tenda dos manifestantes no vídeo gravado pelos estudantes.
O Ministério Público Estadual (MPE) tem buscado desfazer o acampamento, que está instalado na Avenida do CPA desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), em 30 de outubro.
No despacho, Borges aponta que as notícias iniciais são de que, além de estarem se alimentando nas tendas dos manifestantes, os policiais mantieram os dois jovens "aprisionados na viatura policial por um longo período antes de serem apresentados" à Polícia Judiciária Civil (PJC).
O chefe do MPE encaminhou o procedimento para a 13ª Promotoria de Justiça Criminal, que atua junto à 11ª Vara Criminal da Justiça Militar, e à 19ª Promotoria de Justiça Criminal, que atua na "Tutela da Segurança Pública", e faz o controle externo da atividade policial.
Advogados do PT que assessoram a deputada federal Rosa Neide e o deputado estadual Valdir Barranco, presidente estadual do partido, também vão protocolar pedidos de investigação na Corregedoria-Geral da PM e no MPE nesta terça. Os advogados ainda pretendem oficiar o governador Mauro Mendes (União), que é o chefe máximo da PM.
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