ARIELLY BARTH
DA REDAÇÃO
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou o empresário Alexssandro Neves Botelho e o médico Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa, por envolvimento em um esquema de corrupção ativa e passiva relacionado à empresa SAL Locadora de Veículos Ltda, entre os anos de 2011 a 2014. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (22).
Além de Botelho e Barbosa, também foram condenados os réus, Pedro Elias Domingos de Mello, Sílvio Cezar Correa Araújo e Cesar Roberto Zílio.
A denúncia, recebida em fevereiro de 2023, revela que Alexssandro, proprietário da SAL Locadora, pagava propinas a agentes públicos para garantir pagamentos e aditivos contratuais com o Estado de Mato Grosso. Pedro, que atuou como assessor especial da Casa Civil e depois como secretário de Administração, era responsável por coletar as propinas e repassá-las a Rodrigo, que, embora não ocupasse um cargo público formal, exercia significativa influência no governo do pai. Sílvio também recebeu vantagens indevidas para assegurar pagamentos e aditivos contratuais, enquanto César Zílio foi acusado de receber propina vinculada aos contratos da locadora.
Considerado o principal articulador do esquema, Alexssandro Neves Botelho foi condenado a 9 anos e 26 dias de reclusão, além do pagamento de 45 dias-multa, por garantir que sua empresa recebesse os pagamentos de forma pontual.
Rodrigo da Cunha Barbosa, mesmo sem um cargo oficial, teve um papel crucial no esquema, autorizando Pedro a negociar diretamente com Alexssandro e recebendo cerca de 70% das propinas. Com o atenuante da confissão espontânea, sua pena foi fixada em 2 anos, 6 meses e 7 dias de reclusão, além de 12 dias-multa.
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Pedro Elias Domingos de Mello, que usou sua posição na gestão para assegurar o pagamento das propinas, recebeu a mesma pena de Rodrigo, de 2 anos, 6 meses e 7 dias de reclusão, também com 12 dias-multa, também beneficiado pela colaboração.
Sílvio Cezar Correa Araújo, chefe de gabinete do governador, foi condenado a 2 anos, 6 meses e 7 dias de reclusão, e 12 dias-multa, por favorecer interesses ilícitos e liberado pagamentos em troca de propina, também sob colaboração premiada.
Cesar Roberto Zílio, secretário de Administração, aceitou propina em violação de seus deveres funcionais, sendo condenado a 1 ano, 3 meses e 16 dias de reclusão, além de 6 dias-multa, após sua colaboração com a Justiça.
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Geraldo Magela da Silva 24/10/2024
Tudo indicava que iriam deixar prescrever. Milagre, milagre.!!
1 comentários