MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Em audiência de custódia na noite de quinta-feira (29), a juíza da 3ª Vara de Mirassol D'Oeste, Sabrina Andrade Galdino Rodrigues, deu prazo de cinco dias para que o Ministério Público Estadual (MPE) se manifeste sobre a manutenção da prisão do vice-prefeito Porto Esperidião, Antônio Carlos Laudivar Ribeiro.
O vice-prefeito foi preso na Operação Ápate, que investiga um esquema de fraude a concurso público da prefeitura de Porto Esperidião.
Na audiência, a magistrada manteve a prisão preventiva de Ribeiro e do operador do esquema e dono da empresa Método Soluções Educacionais, identificado pelas iniciais J.R.P.
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A defesa pediu a revogação da prisão para que os dois respondam ao processo em liberdade. O MPE pediu vista e deu o prazo para decidir sobre a continuidade da prisão.
A Operação Ápate cumpriu, na quinta-feira, 84 ordens judiciais, entre mandados de prisão, de busca e apreensão, afastamento de sigilo bancário, suspensão de função pública, suspensão de atividade econômica, medidas cautelares de monitoramento eletrônico e bloqueio de bens no valor de R$ 1,6 milhão.
O esquema teria operado para fraudar o edital nº 01/2020 da prefeitura prevendo concurso público para cargos de níveis fundamental, médio, técnico e superior. A Método Soluções foi a contratada para organizar o certame.
Teria havido combinação para compra de, pelo menos, 35 cargos em diversas áreas da prefeitura, desde auxiliar de limpeza a dentista, enfermeira e procurador.
Segundo a Polícia Civil, o valor cobrado pelos responsáveis pelo esquema fraudulento foi de 10 vezes o salário do cargo. Se o salário inicial para o cargo de agente administrativo é de R$ 2.702,31, a pessoa que supostamente ficaria com a vaga pagou R$ 27 mil à quadrilha. Os salários mais altos, conforme o edital, eram para os cargos de auditor público interno, no valor de R$ 7.038,25 e de médico em várias áreas de especializações, no valor de R$ 18.728,15.
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