ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
A Justiça revogou a prisão domiciliar de Wellington Ferreira da Silva, conhecido como "Pateta", réu pelos homicídios de um mototaxista e de um vendedor, em Cuiabá, no ano de 2018. O crime chocou a sociedade porque o mototaxista Reinaldo Ribeiro de Barros, de 38 anos, e o vendedor Rubens Eloi da Silva, de 53 anos, foram decapitados e as imagens do crime foram divulgadas em redes sociais.
As decapitações teriam sido ordenadas por líderes do Comando Vermelho, que teriam autorizado "Pateta" e outros membros da organização criminosa. Ele responde pelos crime de homicídio por motivo torpe, utilização de tortura, mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e será julgado pelo Tribunal do Júri.
Wellington, que é integrante da facção criminosa Comando Vermelho, foi preso em 2019. Ao ser preso, ele trocou tiros com a Polícia Militar e ficou ferido. Em outubro de 2020, a pedido da Defesa e em razão de "Pateta" precisar ser submetido a uma cirurgia para reconstrução do trato intestinal - consequência dos tiros trocados com a PM - a prisão preventiva foi substituída por prisão domiciliar, mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Desde então, Wellington violou as regras da prisão domiciliar e segue desaparecido.
Diante do pedido do Ministério Público em revogar a prisão domiciliar, o réu não foi mais encontrado pela Justiça. Nessa terça-feira (18/02), o juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá da Justiça Militar revogou a domiciliar e determinou a "expedição de mandado de prisão e seu recolhimento ao presidio para garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal".
O magistrado também determinou a ação penal para a Defensoria Pública, porque o advogado de "Pateta" renunciou da defesa por não mais ter contato com o réu e desconhecer o seu paradeiro.
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"Tribunal do Crime"
Consta no inquérito policial que, no dia 25 de fevereiro 2018, em Cuiabá, Wellington Ferreira da Silva, vulgo “Pateta”, agindo junto com Wellington Moraes Camargo, vulgo Rato (falecido); um adolescente, uma pessoa conhecida por “FOCA”, e outros membros da organização criminosa Comando Vermelho, mataram Reinaldo Ribeiro de Barros e Rubens Eloy da Silva, por motivo torpe, utilização de tortura e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Após o crime acima descrito, "Pateta" e seus comparsas, ocultaram os cadáveres de Reinaldo Ribeiro de Barros e Rubens Eloy da Silva.
O crime teria sido em represália à morte da jovem Viviane Silva Ângelo, 18 anos, grávida de sete meses, cujo corpo foi encontrado na região da Ponte de Ferro, no dia 18 de fevereiro, em Cuiabá. A jovem foi localizada com um trauma na cabeça e a pele do rosto retirada com o uso de um estilete.
De acordo com a Polícia Civil, os dois homens assassinados seriam os principais suspeitos da morte de Viviane. Membros da facção teriam ficado revoltados com a morte da jovem e decidiram executar Reinaldo e Rubens, em uma espécie do "Tribunal do Crime". Na época, um vídeo que circulou nas redes sociais, chamou atenção da Polícia Civil por conta da crueldade usada no duplo homicídio de Reinaldo e Rubens.
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GY 19/02/2025
Os Parabéns vai para o Juiz que concedeu a domiciliar... mais um vagabundo foragido na conta dele.
1 comentários