CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
O juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que assistentes sociais investiguem se o filho de um ano e meio da médica Letícia Bortolini depende exclusivamente dela.
A médica é acusada de atropelar e matar o verdureiro Francisco Lúcio Maia, 48 anos, na noite do dia 14 de abril, na Avenida Miguel Sutil.
“Acolho o pleito ministerial de fl. 44, devendo-se a equipe de assistência social desta Comarca realizar estudo social relatando a situação em que se encontra o menor [...], bem como se ele depende exclusivamente da guarda e dos cuidados de sua genitora, ora indiciada, no prazo de 05 (cinco) dias”, diz trecho do documento, datado da última sexta-feira (20).
O despacho atende pedido em que defesa requer a conversão de prisão preventiva da médica em domiciliar realizada no dia posterior ao acidente. Ela foi presa em flagrante sob suspeita de, alcoolizada, atropelar e matar o vendedor.
Reprodução
Médica Letícia Bortolini ficou presa na Penitenciária Ana Maria do Couto May durante quase dois dias
No entanto, ela já foi solta por meio de um habeas corpus assinado pelo desembargador Orlando Perri, na segunda-feira (16).
O advogado, Giovane Sandrin, explica que a determinação veio para reiterar o pedido de prisão domiciliar realizado pela defesa. No entanto, por a médica já está em liberdade, não há mais validade.
"Foi concedida a liminar no habeas corpus, em que a prisão preventiva foi substituída por cautelar. No entende da defesa, por hora, o pedido de prisão domiciliar esta prejudicado. No nosso entender, é claro, não há mais a necessidade da realização do laudo psicossocial", esclarece.
A investigação sobre a dependência do filho deverá ser levada em consideração quando for julgado o mérito do pedido de prisão domiciliar em primeira instância.
À epoca, a defesa alegou que a médica tem um filho de um ano de idade e necessita de seus cuidados.
A médica foi solta na noite o dia 16 de abril, logo após o habeas corpus ser deferido. Ela estava presa em uma cela especial na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em razão de ter curso superior.
O caso
Francisco foi atropelado e morto quando tentava atravessar a Avenida Miguel Sutil com seu carrinho com verduras, por volta das 20h.
A médica conduzia um Jeep modelo Compass branco e estava na companhia de seu esposo, também médico, quando atingiu o feirante e fugiu.
Ambos teriam apresentado sinais de embriaguez, segundo a Polícia.
Uma pessoa que presenciou o momento do acidente foi atrás do casal e viu o momento em que o carro entrou em um condomínio no Jardim Itália.
A Polícia foi acionada e a médica autuada por homicídio culposo no trânsito e omissão de socorro.
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