G1/MT

ALLAN PEREIRA
Da Redação

Foi decretada a prisão preventiva do pedreiro Antônio Anderson Ferreira Lima, apontado por matar a facadas a agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira e tentar matar a médica Jaqueline Matos da Croce em um posto de saúde de Primavera do Leste (a 235 km de Cuiabá), no final da tarde desta sexta-feira (26).

A decisão foi dada pelo juiz Alexandre Delicato Pampado, que converteu a prisão em flagrante para preventiva, em audiência de custódia virtual pela 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste.

De acordo com o boletim de ocorrência, na última quinta-feira (25), Antônio chegou com uma faca escondida na região da cintura ao posto de saúde, esperou a consulta de outra paciente para entrar no consultório e desferiu vários golpes na médica Jaqueline, que está grávida de quatro meses.

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A agente de saúde Regy pegou uma cadeira e desferiu um golpe em Antônio, que se virou para ela e desferiu uma facada no tórax. A profissional morreu enquanto recebia atendimento médico.

Antônio alegou que teve um atendimento ruim e por conta disso teria voltado e dado os golpes nas vítimas

A defesa pediu a liberdade provisória do pedreiro, solicitou um laudo para insanidade mental e comunicação de supostas agressões no momento da prisão a Corregedoria da Polícia.

Na decisão, o juiz Alexandre verificou que o crime cometido por Antônio tem pena superior a quatro anos e que a materialidade da infração penal está bem descrita por meio de exibição e apreensão, boletim de ocorrência e depoimentos de testemunhas.

O magistrado apontou também que Antônio agiu por motivo torpe, que a prisão é necessária para a garantia da ordem pública e evitar que o pedreiro fuja, já que informou que está em Primavera há apenas um mês, depois de passar por Altamira (Pará) e Porto Velho (Rondônia).

"Está evidenciada a necessidade de mantê-lo preso cautelarmente para prevenir a reprodução de fatos criminosos e acautelar o meio social, retirando do convívio da comunidade aquele que diante do modus operandi de sua conduta demonstra ser dotado de periculosidade, trazendo sérios abalos à ordem social, pois o delito foi praticado em horário de expediente em órgão público contra profissionais da saúde causando grande repercussão local e comoção social pela retirada abrupta de uma vida humana e tentativa contra a outra vítima que, ao que consta dos autos, está gestante e internada em estado grave", escreveu o juiz.

Antônio está preso na Cadeia Pública de Paranatinga. O homicídio e a tentativa de homicídio ainda seguem sob investigação da Polícia Civil de Primavera. Após a conclusão do inquérito, o Ministério Público deve oferecer denúncia contra o suspeito.

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