Reprodução

DA REDAÇÃO

O juiz de direito Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica (a 1.266 km de Cuiabá), foi afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta sexta-feira (11). Ele é suspeito de estar envolvido em um esquema de venda de sentenças.

Essa decisão resulta de uma investigação que revelou o vínculo de Amarante com a prática ilícita, com base em registros encontrados no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros no final do ano passado.

O juiz que já era alvo de investigação pelo CNJ devido à sua atuação na comarca de Vila Rica, por realizar decisões judiciais em troca de pagamento.

Leia mais:Corregedor do TJMT determina fim do sigilo interno sobre provas em celular de advogado assassinado

O CNJ instaurou um processo administrativo disciplinar para investigar a conduta do juiz Ivan Lúcio Amarante, e encaminhado para a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que acatou a decisão e formalizou o afastamento do magistrado.

As autoridades policiais acreditam que a morte de Zampieri pode estar diretamente ligada ao esquema de venda de sentenças.

Com a apreensão do celular de Zampieri já foram afastados os desembargadores João Ferreira e Sebastião Moraes, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por suspeita de envolvimento com o esquema de venda de sentença, além da suspeita de negociações com ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Caso Zampieri

O advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, foi assassinado com 10 tiros no dia 9 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório, em Cuiabá. Uma câmera de segurança registrou o momento em que ele foi surpreendido por um homem armado, que disparou contra ele.

Segundo a investigação da Polícia Civil, concluída em julho deste ano, o homicídio foi resultado de uma disputa por terra e teve o produtor rural Aníbal Manoel Laurindo como mandante.

A motivação do suspeito seria a perda de duas fazendas em Paranatinga, avaliadas em R$ 100 milhões, para um cliente de Zampieri.

Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .

Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.