DA REDAÇÃO
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, avocou para a Corte Suprema a ação penal que trata da morte do advogado Roberto Zampieri, assassinado em 5 de dezembro de 2023 em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
A ação da morte estava tramitando na 12ª Vara Criminal de Cuiabá e foi requerida pelo ministro por conta dos desdobramentos do caso, que já resultaram no afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, um juiz de Vila Rica, e ainda cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
“(....) determino a imediata remessa ao Supremo Tribunal Federal de todos os autos, mídias (incluindo-se cópias e espelhamentos), celulares, tablets, dispositivos eletrônicos e outros meios de prova em trâmite na 12ª Vara Criminal de Cuiabá/MT, relacionados à investigação do homicídio do advogado Roberto Zampieri”.
A mesma determinação foi feita à Polícia Civil de Mato Grosso. Todos documentos, laudos e mídias relacionadas ao assassinato devem ser encaminhadas ao STF.
MORTE DE ZAMPIERI
Roberto Zampieri foi executado em 5 de dezembro de 2023 em frente a seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Foram presos pelo assassinato Antônio Gomes da Silva, apontado como executor, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como intermediador, e o coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que seria o financiador do assassinato.
O produtor rural Aníbal Manoel Laurindo, que travava uma disputa em que Zampieri figurava como uma das partes, é apontado pela Polícia Civil como o mandante do crime, mas está solto por conta da idade avançada. A esposa dele também é investigada como possível mandante.
A motivação para o assassinato seria a interferência de Zampieri junto a magistrados do Tribunal de Justiça de Grosso, que teria feito a ganhar a causa de desapropriação de uma fazenda do mandante.
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