DA REDAÇÃO
O empresário do setor de mineração, Filadelfo dos Reis Dias, foi libertado da prisão da prisão no início da manhã de sexta-feira, 26. Acusado de ser o mandante de dupla tentativa de homicídio em que um dos alvos era seu ex-sócio, Filadelfo Dias deixou a cela que ocupava na Polinter. Ele estava preso desde terça-feira,23 quando entregou-se à policia.
O Habeas Corpus (HC) que garantiu a libertade de Filadelfo Dias foi concedido pelo desembargador Rondon Bassil Dower Filho, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e relator do recurso impetrado pela defesa do empresário. O magistrado considerou, concordando com a tese da defesa do empresário, que ele não oferece riscos,seja para as vítimas da tentativa de assassinato, seja para o andamento do processo.
No despacho, Rondon Bassil argumentou que não haveria comprovação de que o empresário “ofereça risco às vítimas e às testemunhas, não passando, neste momento, de meras presunções o temor que as primeiras poderiam sentir de ver cumprida a ameaça numa segunda tentativa frutífera contra suas vidas, assim como, as testemunhas de se sentirem constrangidas com a libertação do paciente e não esclarecerem a verdade quando questionadas pela autoridade temerosas de sofrer represálias".
Segundo o advogado de Filadelfo Dias, Wender Ronlim Huendel, a prisão de seu cliente teria sido abusiva uma vez que ele já tinha se colocado a inteira disposição da Justiça. Ainda conforme alegações do advogado, o simples fato do ex-sócio e vitima do atentado, os empresários Valdinei Mauro de Sousa, seu ex-sócio, ter comprado um carro blindado antes da tentativa de homicídio, em que também escapou com vida o proprietário da Construtora Trimec, Wanderlei Torres, não prova que ele estava sendo ameaçado especificamente por Filadelfo, até porque, possuir carros blindados é uma prática comum.
Entenda o caso
Filadelfo dos Reis Dias e seu funcionário Marcelo Takahashi foram, inicialmente, presos em 25 de março, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, quando desembarcavam de um voo que vinha de São Paulo.
Eles são dois dos oito acusados de envolvimento na tentativa de assassinato dos empresários Valdinei Mauro de Sousa e Wanderlei Torres. O crime, segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), teve como motivação uma desavença comercial entre as vítimas e Filadelfo, referente à aquisição da Fazenda Ajuricaba, propriedade rural com alto potencial aurífero, localizada em Várzea Grande.
A primeira ameaça de morte feita a Valdinei teria ocorrido em janeiro de 2012. Em abril do mesmo ano, Filadelfo e Marcelo teriam contratado João Paulo Pereira, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior, André de Souza Neves para executar o crime.
Eles teriam seguido Valdinei e Wanderlei dentro da propriedade e efetuados ao menos 30 disparos, que só não atingiram as vítimas graças à blindagem do veículo em que eles estavam. Os executores da tentativa de homicídio ainda teriam roubado cerca de 100 quilos de ouro bruto, aparelhos celulares, um detector de metal e outros pertences.
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