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JUSTIÇA Sexta-feira, 08 de Março de 2024, 12:34 - A | A

08 de Março de 2024, 12h:34 - A | A

JUSTIÇA / OPERAÇÃO BILHETE PREMIADO

Ex-deputado diz que tinha vendido lotérica e nega depósitos de R$ 7 milhões

MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação



O ex-deputado estadual Carlos Antônio Azambuja afirmou que não era mais dono, desde 2015, da lotérica alvo da Operação Bilhete Premiado, da Polícia Federal na quarta-feira (6). Azambuja também negou que tenha feito os depósitos de R$ 7 milhões investigados pela PF no inquérito sobre lavagem de dinheiro.

Azambuja foi alvo de busca e apreensão em sua casa, em Pontes e Lacerda. Com a ordem judicial, a PF apreendeu um carro - que era do filho do ex-deputado, mas estava em nome de outra pessoa - documentos e também uma pistola Glock 9mm. A arma, segundo confirmado por Azambuja, era do irmão dele, o médico Luiz Carlos de Azambuja, falecido em 2021. A pistola está em inventário que ainda tramita.

As informações e explicações foram dadas por Azambuja em entrevistas à Rádio Conti. Ele classificou a inclusão de seu nome entre os investigados como um equívoco da Caixa Econômica Federal e da Polícia Federal.

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"Nesse caso, houve uma série de equívocos, uma série de erros. Eu adquiri uma casa lotérica de 2014 para 2015 e fiquei com ela pouco tempo, acabei passando essa casa lotérica para frente, para o Nenê junto com a Sandra, em 20 de agosto de 2015. Passei para eles e não assumi mais nada. Toda documentação que a Caixa Econômica me pediu eu fui e assinei, eu e minha esposa, transferindo para eles a lotérica e todos os direitos para eles, tanto que eles entraram para dentro da lotérica e tocaram a vida entre a lotérica e a Caixa. Para nossa surpresa, nessa operação de ontem da Polícia Federal, depois de seis anos praticamente que eu vendi a lotérica, ainda constam o meu nome e da minha esposa como sendo donos da lotérica", declarou.

Azambuja era sócio da Casa Lotérica Trevo da Sorte junto da esposa, Joelma Crespim Azambuja, mas teriam deixado o negócio em 2015.

A Caixa Econômica informou para a Polícia Federal que os donos eram Carlos Antonio Azambuja e Joelma, quando na realidade os donos anteriores à Lanara chamam-se Nenê e Sandra, eles que compraram de mim. Eu não vendi a lotérica para a Lanara. O erro é tão grosseiro que a Polícia Federal está dizendo que eu vendi direto para a Lanara. Eu não vendi, não tenho contrato, nem sei quem é Lanara

"A Polícia Federal coloca eu como sendo dono da lotérica, por um erro grosseiro, não sei se da Polícia Federal ou da Caixa Econômica, que não informou o nome dos reais proprietários... que hoje nem são mais a Sandra e o Nenê... é a Lanara de Vila Bela (da Santíssima Trindade), que comprou aqui em Pontes e Lacerda. Mas, para a Caixa Econômica, até o dia 03/03/2022, estava lá como sendo dono Carlos Antonio Azambuja e Joelma Crespim, sendo que nós temos um contrato registrado em cartório que em 20 de agosto de 2015 a lotérica já não era mais nossa", defendeu.

A informação sobre a propriedade da lotérica teria sido encaminhada pela Caixa à PF, segundo Azambuja. As investigações apuram possível uso do empreendimento para lavagem de dinheiro do crime.

"Esse que é o erro da Caixa Econômica. A Caixa Econômica informou para a Polícia Federal que os donos eram Carlos Antonio Azambuja e Joelma, quando na realidade os donos anteriores à Lanara chamam-se Nenê e Sandra, eles que compraram de mim. Eu não vendi a lotérica para a Lanara. O erro é tão grosseiro que a Polícia Federal está dizendo que eu vendi direto para a Lanara. Eu não vendi, não tenho contrato, nem sei quem é Lanara. Eu vendi para o Nenê e para a esposa dele, tanto que tenho o contrato, com firma reconhecida, e está na Caixa Econômica. Todos os documentos que a Caixa exige para transferência de domínio, de posse... senha, das contas, como faz depósitos, tudo isso foi feito pela Sandra e pelo Nenê quando compraram a lotérica. Por isso, não vejo porque envolver o meu nome em uma operação por um erro grosseiro que, infelizmente, foi praticado pela Caixa Econômica", apontou.

A PF suspeita que Azambuja tenha lavado cerca de R$ 7 milhões na casa lotérica por meio de depósitos em espécie, o que é negado pelo ex-deputado.

"Se eu sou o dono da lotérica vou depositar dinheiro para mim mesmo e vou dar para a Caixa? Para onde esse dinheiro foi? Não tem no processo, pelo menos o que eu recebi não tem. E não tem em hipótese nenhuma. Se a Caixa Econômica ou a Polícia Federal, ou qualquer um que puxar as imagens de câmera, não vai ter nem eu dentro da lotérica trabalhando como dono e nenhum documento depois de agosto de 2015 é assinado por mim nem pela minha esposa", argumentou.

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