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JUSTIÇA Quinta-feira, 20 de Abril de 2023, 11:53 - A | A

20 de Abril de 2023, 11h:53 - A | A

JUSTIÇA / OPERAÇÃO CURARE IV

Empresário quebra celular durante operação e é conduzido à PF

Douglas Castro pode ser preso em flagrante e está sendo ouvido na sede da PF

MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação



O médico e empresário Douglas Castro foi conduzido à sede da Polícia Federal em Cuiabá depois de ter supostamente quebrado o próprio celular durante busca e apreensão da 4ª fase da Operação Curare, deflagrada nesta quinta-feira (20). A situação poderia ser enquadrada como tentativa de obstrução de Justiça.

A assessoria de imprensa da PF informou apenas que houve um incidente durante o cumprimento do mandado judicial e que o alvo, sem identificar quem, foi levado à delegacia para avaliação do delegado sobre possível prisão em flagrante.

A PF apura desvios de cerca de R$ 3 milhões da Secretaria Municipal de Saúde, envolvendo crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-secretário-adjunto de Saúde Milton Correa da Costa Neto é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão.

Leia mais:

PF investiga mais desvios na Saúde de Cuiabá: rombo é de R$ 3 milhões

Morre médico que estava em avião que caiu com advogado

Os contratos investigados giram em torno da Family Medicina e Saúde, empresa da qual Milton Correa seria o principal dono.

De acordo com a PF, os desvios teriam sido utilizados para, entre outras coisas, comprar um avião Neiva EMB-711C. A aeronave é avaliada em cerca de R$ 240 mil, segundo anúncios na internet.

O avião comprado pelo grupo caiu em Poconé em um acidente aéreo em agosto de 2021. A vítima mais grave foi o médico George Melo, que acabou falecendo depois de ficar mais de um mês internado.

Em fases anteriores da Operação Curare, a Polícia Federal já havia identificado possíveis desvios envolvendo empresas em nome de Douglas Castro, como a "Douglas Castro - ME". Em um dos casos, essa empresa foi contratada para gerir Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19, mas a PF identificou que a sede era um local abandonado.

Com o aprofundamento das investigações, a PF apurou uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, pelo ex-secretário-adjunto Milton Correa.

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