ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A jornalista e professora aposentada Marluce de Oliveira Machado Scaloppe apresentou uma nota de defesa ao marido, o procurador Luiz Alberto Esteves Scaloppe, que responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por suposta prática de assédio sexual e moral a uma servidora do Ministério Público Estadual (MPE). Na nota, Marluce classifica as denúncias como falsas, improcedentes e levianas.
"Tanto que, ao serem formalizadas junto ao Conselho Superior do Ministério Público de Mato Grosso, [as denúncias] foram arquivadas por ampla maioria de votos (8 a 1). Portanto, o meu marido foi inocentado pelos seus colegas, uma vez que não foram apresentadas provas convincentes pela autora da denúncia", destaca.
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Scaloppe responde ao PAD no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O procedimento tramita de forma sigilosa.
Segundo a nota apresentada pela professora, as denúncias de assédio sexual e moral são falsas, já que a servidora estaria descontente por ter sido demitida do cargo que exercia junto ao gabinete de Scaloppe.
Marluce aponta que a servidora apresentou falhas graves no exercício de suas funções administrativas, que foram denunciados pelos próprios colegas de trabalho, como descumprimento de prazos processuais em processos importantes para a causa ambiental e assédio laboral contra suas colegas de trabalho. Os fatos teriam ocorrido durante a pandemia do coronavírus.
A jornalista segue que, após ser demitida, a servidora lhe encaminhou uma mensagem agradecendo pelos anos que trabalhou no gabinete e elogiou Scaloppe pelo seu jeito carinhoso de ser.
"Estranhamente, cerca de um ano após a demissão, já trabalhando no gabinete de outro membro do MPE, ela faz as supostas 'denúncias'. Só posso imaginar que ela assim tenha agido induzida por colegas da própria instituição que se opõem politicamente à linha de atuação ambiental defendida e desenvolvida pelo meu esposo. Estranha essa mudança rápida de opinião" pontua.
Marluce encerra a nota apontando que os relatos apresentados pela servidora se tratam de denúncias e que foram feitas por uma pessoa doente de maldade.
"A vítima é meu marido, com mais de 5 mil alunos/alunas e 44 anos de MP. Por fim, quero registrar que me posiciono na condição de uma esposa que convive há 40 anos com meu marido, tempo em que construímos uma relação de respeito, admiração, confiança e amor", conclui.
A abertura do PAD foi determinada pelo corregedor nacional do Ministério Público, conselheiro Oswaldo D’Albuquerque, que avaliou a conduta em pauta como um “procedimento reprovável, importando em desrespeito às leis em vigor e à própria Instituição”, além de verificar “indícios suficientes de autoria e de materialidade”.
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