LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O auxiliar de serviços gerais Jhony Marcondes, de 42 anos, vai a Júri Popular nesta segunda-feira (15) pelo assassinato da mulher dele, Adriana Aparecida de Siqueira, 41, e a enteada, Andresa Maria Vilharga de Siqueira Santos, de 19 anos, em agosto do ano passado, no Bairro CPA I, em Cuiabá.
O réu está preso desde a época do crime no Centro de Ressocialização da Capital (CRC), no Bairro Carumbé. As vítimas, segundo as investigações, foram assassinadas a golpes de martelo e canivete, na noite do dia 21 de agosto de 2017.
O julgamento está previsto para ter início às 13h30 e será conduzido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1º Vara Criminal da Capital.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no dia do crime, o réu havia discutido com a companheira, enciumado após supostamente ter visto uma conversa no celular da vítima com outro homem, durante o último rompimento do casal.
Movido pelo ciúme, o réu apoderou-se de um martelo e passou a desferir inúmeros e violentos golpes na cabeça da vítima, até que 'em virtude da multiplicidade e brutalidade dos golpes', a vítima fosse a óbito, evidenciando a crueldade do meio empregado pelo denunciado
"Movido pelo ciúme, o réu apoderou-se de um martelo e passou a desferir inúmeros e violentos golpes na cabeça da vítima, até que 'em virtude da multiplicidade e brutalidade dos golpes', a vítima fosse a óbito, evidenciando a crueldade do meio empregado pelo denunciado", diz trecho dos autos.
Na sequência, para garantir que o primeiro homicídio ficasse impune, o acusado teria atacado a enteada, atingindo-a na cabeça com golpes de martelo e de canivete.
De acordo com a denúncia, em ambos dos casos,"o acusado agiu contra duas mulheres, por suas especiais razões da condição do sexo feminino, no âmbito da violência doméstica", razão pela qual ele foi enquadrado por duplo feminicídio.
Após cometer os crimes, o acusado teria ido até a casa de um amigo dele para pedir dinheiro emprestado. Segundo o MPE, naquela ocasião, ele teria confessado o duplo homicídio. Ao saber do ocorrido, o amigo do réu, então, teria ligado para a irmã de Adriana, que foi até a casa das vítimas e acionou a Polícia Militar.
Jhony Marcondes foi denunciado por duplo homicídio com quatro qualificadoras cada: motivo fútil, meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.
Prisão
O acusado foi preso horas no final da manhã seguinte à data do crime, no Bairro Pedregal, após ser encontrado pela PM vagando pelas ruas.
Na época, segundo a polícia, foi apontado que o réu possui pelo menos 13 passagens criminais - sendo 6 por ameaças, 2 por homicídios, uma por estupro, uma por roubo, uma por tráfico de drogas e duas por lesões corporais. Os crimes teriam sido cometidos entre os anos de 1997 e 2017.
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