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ALLAN PEREIRA E LÁZARO THOR
Da Redação

Atualizada às 18h35 - A energia elétrica em Mato Grosso pode aumentar em média 9,36%, segundo números preliminares apresentados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em audiência pública realizada em Cuiabá na tarde desta quinta-feira (9). O aumento pode passar a valer a partir do dia 8 de abril.

O aumento previsto pela Aneel, com apoio da Energisa MT, é maior do que a inflação de 2022, que fechou em 5,45%, segundo o Índice Geral de Preços.

Para o presidente do Conselho dos Consumidores da Energisa, Edvaldo Belisário, o aumento proposto deve ser considerado "absurdo".

"Mato Grosso é um dos maiores produtores de energia do Brasil, nós temos várias hidrelétricas", pontuou Belisário. "9% de tarifa para o estado de Mato Grosso eu acho um absurdo, nós temos que ter o princípio da isonomia, em Mato Grosso do Sul teve uma audiência recentemente e o reajuste foi de 4,5% porque vai ficar essa diferença?", questionou.

O reajuste deve ser votado e aprovado pelos diretores da Aneel no dia 4 de abril deste ano. A apresentação do percentual se trata de uma de Revisão Tarifária Periódica, que atualiza todos os custos para a produção e distribuição de energia elétrica para o consumidor, em um período de 5 anos.

O relator da revisão da tarifa da Energisa e diretor da Aneel, Ricardo Tili, afirma que é possível uma redução do percentual até a data de aprovação, ele afirma que o valor pode cair para menos de 8%.

"São números preliminares. A agência continua calculando conforme vai apurando o processo de revisão. Esses números foram calculados na abertura do processo de revisão, em 13 de dezembro, e agora vai no processo de fiscalização e fechando outros números. Vai ser fechado em 4 de abril os números definitivos", disse.

Segundo a Aneel, a média da proposta de revisão da tarifa é de 9,36% de todos os tipos de consumidores em Mato Grosso. Para os residenciais, o impacto deve ser de 8,84% a mais na conta. Já as grandes empresas e indústrias, devem ter um reajuste de 8,54%.

Após análise das contribuições recebidas na Consulta e na Audiência Pública, a Diretoria da Agência decidirá, em Reunião Pública Ordinária, os índices finais, que irão vigorar a partir de 8 de abril de 2023.

Outro lado

Em nota, a concessionária afirmou que a cobrança da tarifa revisada não terá impacto na receita da Energisa MT.

A Energisa esclarece que o resultado da revisão tarifária periódica é uma definição da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, agência federal que regula o setor elétrico no Brasil. Dentro do percentual proposto, a parcela referente à Energisa prevê um impacto negativo de -3,55% na revisão, ou seja, a parcela que fica com a distribuidora está reduzindo. A Empresa ressalta, ainda, que o percentual final da revisão será definido somente em abril, quando passa a valer a nova tarifa.

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