MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação Nilton Borgatto (PSD) foi encaminhado pela Polícia Federal ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito, após ser preso preventivamente nesta terça-feira (19).
Por ter apresentado diploma de ensino superior, Borgatto ficará preso em uma cela especial no Centro de Custódia da Capital (CCC), em Cuiabá.
Na casa do ex-secretário, os policiais federais encontraram e apreenderam diversas embalagens com pedras que aparentam ser diamantes. O material foi encontrado em baixo da cama do ex-secretário e ainda não passou por avaliação. As pedras preciosas serão lavadas para a Caixa Econômica Federal. Também foi apreendido dinheiro em espécie: US$ 4 mil dólares e R$ 29,3 mil.
O advogado de Borgatto, Luiz Alberto Derze Villalba Carneiro, afirmou que ainda não teve acesso às imputações feitas ao cliente e que apenas acompanhou o procedimento da prisão. A defesa deve se posicionar apenas depois de tomar conhecimento dos autos.
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Borgatto teria envolvimento, segundo a PF, com um grupo suspeito de tráfico internacional de cocaína entre o Brasil e Portugal. Além do ex-secretário, o empresário e lobista Rowles Magalhães também foi preso nesta terça.
Na Operação Descobrimento, a PF cumpre 43 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva em Mato Grosso, Bahia, São Paulo, Rondônia e Pernambuco. Em Portugual, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva.
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando a PF encontrou a droga em um avião de uma empresa da qual Rowles é sócio. A aeronave estava no Aeroporto Internacional de Salvador e tinha 578 kg de cocaína escondidos nela.
Os mandados contra Borgatto foram cumpridos no Residencial Harmonia, em Cuiabá. Já Rowles foi preso em São Paulo e os policiais fizeram busca em um apartamento dele no condomínio Royal President, na Capital mato-grossense.
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