THIAGO STOFEL
DA REDAÇÃO
Exames periciais realizados ao longo desta quinta-feira (12) apontam que a adolescente Emily Azevedo Sena, de 16 anos, morta na última quarta-feira (12) foi mantida viva pela assassina Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, durante o procedimento de retirada do bebê de seu corpo. Emily estava no 9º mês de gravides e foi encontrada na tarde de ontem em uma cova rasa no quintal da casa da assasssina.
"Com os exames feitos, é possível verificar que a pessoa estava com vida. Uma das teses que já foram comprovadas é que ela foi mantida viva para efetuar o parto para que a criança fosse recolhida com vida", explicou o diretor geral da Politec, Jaime Trevisan.
Trevisan afirmou ainda que a necropsia identificou ainda que a morte de Emily não ocorreu por asfixia, apesar dela ter um cabo de fio de internet amarrado ao pescoço e sacolas encontradas no local. "Os vestígios encontrados com a pessoa e na sacola indicam que a pessoa foi morta não em decorrência da falta de ar, mas pela falta de sangue no corpo. Aquela ação (cabo e sacolas) foi colocada apenas para manter a vítima com vida até a retirada da criança do corpo", descreveu, indicando que o uso de sacolas ocorreu para que o som de gritos de socorro por parte da vítima fossem abafados.
Os exames iniciais já realizados, segundo o diretor da Politec, indicam ainda que a pessoa que realizou o parto da criança tinha conhecimento e domínio para realizá-lo e ainda que o crime foi cometido por mais de uma pessoa. Todavia, isso ainda será aprofundado, já que até o momento apenas Nataly confessou o crime e outros três detidos na tarde de ontem acabaram sendo liberados, uma vez que a assassina disse ter agido sozinha.
"Exames médicos realizados pelos peritos nossos, peritos com mais de 10 anos já com larga escala e conhecimento, foi verificada lesões em forma de 'T' no abdômen, com uma destreza muito peculiar. Eentão a pessoa que fez aqueles cortes tem o domínio da técnica de corte, onde era possível a retirada de uma criança", pontuou.
"Como foi colocado, é muito pouco provável que foi praticado por apenas uma pessoa. entretando, a gente não trabalha com o provável ou improvável, a gente trabalha com fatos. a gente precisa finalizar os nossos trabalhos para entregar a Polícia Civil um resultado com qualidade e dizer se foi uma pessoa, fooram duas pessoas ou sozinha", prosseguiu Trevisan.
O diretor geral da Polícia Técnica informou ainda que outros exames aguardam laudos. "Foram coletados vestígios nas unhas para exame de DNA para eventual lesão de defesa, verificado outros elementos que estão em curso, como exame toxicológico".
"Já foi feito exame de DNA, vai sair a tarde, dizendo que a criança é filha da vítima. Então não há que se falar que não há vínculos entre essas pessoas", citou.
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CASO
Emilly foi vista pela última vez na manhã de quarta-feira (12), quando saiu de sua casa, em Várzea Grande, para buscar as doações prometidas por Nataly. Na tarde do mesmo dia, uma enfermeira do Hospital Santa Helena denunciou à polícia que Nataly deu entrada na unidade com uma criança nos braços, alegando que teve parto normal em casa.
Conforme o relato da profissional, a suposta mãe chegou andando normalmente, com o cordão umbilical cortado e um pouco de sangramento na mão. Na avaliação clínica, o colo do seu útero estava fechado, descartando a possibilidade de ela ter tido um parto normal.
Ao pedir para dar de mamar à criança, Nataly informou que não possuía leite e insistiu em ir embora ao perceber a desconfiança da enfermeira. A Polícia Militar esteve no local e a encaminhou à delegacia.
Em investigação, policiais foram até a residência da suspeita nesta quinta e encontraram Emilly enterrada em cova rasa no quintal, com ferimentos que apontam requintes de crueldade.
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