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GERAL Sexta-feira, 10 de Novembro de 2023, 16:34 - A | A

10 de Novembro de 2023, 16h:34 - A | A

GERAL / BUSCAS PELOS CORPOS

Jovens desaparecidos teriam sido executados pelo "tribunal do crime" de facção, confirma delegado

ALLAN PEREIRA
Da Redação



A Polícia Civil já trabalha com a hipótese de que Allison Caciano Chaves de Souza e Daniel Ferreira da Silva, de 22 e 27 anos respectivamente, tenham sido executados pelo Comando Vermelho. Os dois teriam sido "julgados" no chamado "tribunal do crime" da facção criminosa.

Segundo informações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e 1ª Delegacia de Cáceres, há indícios de que os dois foram sequestrados, torturados e condenados à morte pela facção. Duas mulheres foram presas como testemunhas do assassinato dos rapazes e teriam confirmado essas informações à polícia.

Segundo o delegado da DHPP, Caio Fernando Alvares de Albuquerque, os dois jovens podem ter sido enterrados em um cemitério clandestino na região do Osmar Cabral, em Cuiabá.

"Eles foram sequestrados e não deram mais sinal de vida. Há relatos de que essas pessoas foram amarradas, torturadas, então essas pessoas morreram. É uma coisa que não tem para onde fugir", disse o delegado para a imprensa.

Leia mais:

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Corpos de maranhenses executados pelo CV podem estar em cemitério clandestino

Allison e Daniel estão desaparecidos desde o último domingo (5). Conforme informações recebidas pelo Midiajur, familiares das vítimas receberam fotos dos dois amarrados em uma mata, em Cuiabá. A mãe de Allison chegou a gravar vídeos implorando por informações do paradeiro deles.

A família dos jovens afirmou que os dois não possuem envolvimento com crimes e suspeitam que eles tenham sido sequestrados por membros de uma facção criminosa por engano.

O delegado aponta que o CV teria ordenado a morte das duas vítimas por supostamente pertenerem a uma facção rival. As duas mulheres presas em Cuiabá contaram que estavam com os dois rapazes na hora do sequestro e foram obrigadas a ir até o local onde foi feito o julgamento do tribunal da facção. Elas se colocam como testemunhas e negaram participação direta nas mortes de Allison e Daniel. 

Reprodução

Buscas da DHPP por Allison Caciano Chaves de Souza e Daniel Ferreira da Silva

 Policiais fizeram buscas em uma área conhecida como cemitério clandestino em Cuiabá

"A versão delas é pouco crível, mas isso vai ser objeto de mais estudos para saber se essas pessoas são apenas testemunhas ou tem algum grau de envolvimento", destacou o delegado.

Prisão de suspeitas

Caio Albuquerque apontou que a Polícia Civil de Cáceres recebeu informações fidedignas de possíveis pessoas envolvidas no desaparecimento e execução dos dois rapazes em um endereço no bairro São José del Rei, em Cuiabá. As informações apontavam ainda que no local havia grande quantidade de entorpecentes e armas de fogo. Durante as investigações, três mulheres foram encontradas na residência.

Os policiais sentiram um forte odor de entorpecente ao chegar na casa. Foram encontradas duas malas grandes, onde estavam armazenadas porções de maconha, material para embalo e outros apetrechos relacionados ao comércio de entorpecentes.

Também foram apreendidos na residência diversos aparelhos celulares, carregadores, fones de ouvido, que possivelmente seriam enviados para reeducandos em estabelecimento prisional.

Todo material ilícito foi apreendido e as duas mulheres encaminhadas à DHPP, onde após serem interrogadas, foram autuadas em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Buscas pelos corpos

Nesta sexta-feira (10), equipes da DHPP e da 1ª Delegacia de Cáceres realizaram escavações em uma área de mata, na região do Coxipó, em Cuiabá, em buscas dos corpos das duas vítimas desaparecidas.

Os trabalhos de buscas e escavações, realizados durante a semana, contaram com apoio da equipe do Corpo de Bombeiros, Gerência de Combate ao Crime Organizado, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e de de alunos investigadores e delegados, da Acadepol que estão em estágio supervisionado na DHPP.

(Com assessoria)

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