ALLAN PEREIRA
Da Redação
Dos 25 vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá, quatro já têm destino certo para mudar de partido com a abertura da janela partidária, a partir de 6 de março.
A reportagem do Midiajur apurou também que outros 10 vereadores da Câmara ainda avaliam a troca de legenda partidária. Já os demais parlamentares - em um total de 11 - irão ficar em suas siglas atuais.
Os vereadores que já têm destino certo são Kássio Coelho (PRD), Luís Claudio (PP), Wilson Kero Kero (Podemos) e Rogério Varanda (MDB), que vão para o Podemos, Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido da Mulher Brasileira (PMB) e Cidadania, respectivamente.
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Conforme publicado pelo Midiajur, a troca de Kássio Coelho se deve à exclusão de seu nome pela cúpula do Partido Renovação Democrática (PRD), sigla para qual articulava a nível estadual até o final de janeiro. "Não tiveram interesse na minha permanência", disse para à imprensa na ultima semana.
O PRD é resultado da fusão entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota. Ele vai apoiar o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), para a Prefeitura de Cuiabá.
Já o vice-líder da Prefeitura de Cuiabá na Câmara, vereador Luís Claudio, vai se filiar ao MDB para ficar na base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O Partido Progressista, sigla na qual o parlamentar ainda é filiado, declarou oposição ao atual chefe do Palácio Alencastro no ano passado. Mas ele se recusou de terminar o apoio a Emanuel por conta da decisão do diretório.
Apesar da saída de Luís Claudio do PP ser dada como certa, ele aguardava a definição da provisória do MDB na Capital, mesma sigla de Emanuel. Um grupo ligado a deputada estadual Janaina Riva e ao ex-deputado federal Carlos Bezerra tentavam indicar um líder para impedir que o diretório municipal da sigla, sob a liderança do prefeito, lançasse um nome próprio para a Prefeitura. Janaina e Bezerra fizeram compromisso de apoiar Botelho e buscavam manter o apoio.
Ligado a Janaina, o vereador Roberto Varanda (MDB) é outro vai deixar o MDB e ir para o Cidadania, para ficar longe da base do Emanuel. Ele rompeu com o prefeito, no ano passado, após reclamar falta de atenção dos secretários municipais. O parlamentar também avalia que a chapa de vereadores da sigla emedebista irá ficar muito pesada e impedir sua reeleição.
"Quem vai comandar as filiações para o próximo mandato é o prefeito Emanuel Pinheiro. Ele que vai comandar e a chapa vai ficar muito pesada. Não vejo chance minha de conseguir uma reeleição dentro do MDB", disse Varanda nesta semana.
Wilson Kero Kero vai para o PMB depois de uma canetada do diretório nacional do Podemos, que tirou o vereador Dilemário Alencar da presidência do partido, sem consultar ele e os demais filiados. Em agosto do ano passado, o parlamentar anunciou a troca de sigla. Ele confirmou, para o Midiajur, que ainda irá para o Partido da Mulher Brasileira.
Os vereadores que irão permanecer na sigla são Demilson Nogueira (PP), Dídimo Vovô (PSB), Edna Sampaio (PT), Eduardo Magalhães (Republicanos), Maysa Leão (Republicanos), Michelly Alencar (União Brasil), Professor Mário Nadaf (PV), Sargento Joelson (PSB) e Sargento Vidal (PV).
Vereadores em definição
Dez vereadores estão em avaliação para trocar de partido no período de janela partidária, que vai de 6 de março a 6 de abril, conforme apurou a reportagem do Midiajur.
Na decisão deles para ficar ou sair, está o fator da pré-candidatirua do presidente da Assembleia, o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil).
Após meses de decisão, o presidente do União Brasil, governador Mauro Mendes, escolheu Botelho para ser o candidato. Sua preferência era o deputado federal licenciado e secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. Mas, para evitar racha no grupo, Mauro escolheu o presidente.
O vereador Jeferson Siqueira (PSD) aguarda uma agenda com o ministro Carlos Fávaro (PSD), presidente da sigla em Mato Grosso, para conseguir uma liberação para apoiar Botelho. Para o Midiajur, o parlamentar diz que fez um compromisso de apoiar o deputado. Caso contrário, ele disse que poderá trocar de sigla e ir para o PRD.
Na outra linha, o Midiajur apurou que o vereador Fellipe Corrêa (Cidadania) também aguarda a definição da Federação PSDB-Cidadania para saber se apoia Botelho, para ficar na sigla. O parlamentar apoiou a pré-candidatura de Fábio Garcia. Caso o apoio vá para o presidente da Assembleia, há uma tendência dele em apoiar o opositor de Botelho, o deputado federal Abilio Brunini (PL), com quem já apoiou e trabalhou nos últimos pleitos.
Assim como Fellipe, o vereador Dilemário Alencar (Podemos) apoiou o Fábio Garcia e estava em negociação para ir para o União Brasil. No entanto, com a escolha de Botelho, ele aguarda posição do presidente da Assembleia de se colocar como oposição a Emanuel Pinheiro. Ele também condicionou o apoio a ajuda de reprovar as contas referentes ao exercício de 2022 do chefe do Palácio Alencastro na Câmara.
"A minha vontade é estar junto com o grupo do governador. Não é segredo para ninguém que eu estou no grupo do governador há tempos. [...]. Então, eu vou dialogar com ele [Botelho], conversar com ele e eu peço que a primeira demonstração do deputado Botelho é vir a público e começar a liderar a reprovação das contas de Emanuel Pinheiro no parlamento municipal", declarou Dilemário nesta semana.
O vereador Dr. Luiz Fernando (União Brasil) também estava cotado para o União Brasil, mas avalia se vai para o PRD, PSDB ou Republicanos. Para a imprensa, o palrmanetar avalia que pode não haver espaço para reeleição dentro da chapa de Mauro Mendes e Botelho. Ele irá se reunir com os presidentes das siglas, na próxima semana, para avaliar a composição dos candidatos das respectivas siglas.
"Tenho que partir da premissa que, a partir do momento que tem vereadores com mandato, nós teremos que analisar. É uma chapa que vai ser bastante competitiva. Claro, com uma chance maior de fazer um número de vereadores, mas nós precisamos analisar muito bem quem serão os nomes por parte do grupo do Botelho que fariam essa composição. Então, nós vamos analisar dentro do União e união outros partidos, como o PRD e o próprio PSDB. Agora, tudo é questão de conversa", disse Dr. Luiz.
Sem revelar detalhes se vai ou se fica, o vereador Lilo Pinheiro (PDT) afirmou ao Midiajur que irá se posicionar na semana que vem sobre o assunto. O vereador Rodrigo de Arruda e Sá também avalia a viabilidade da chapa do seu partido, Cidadania, para ficar na sigla.
A reportagem do Midiajur apurou que os vereadores Marcus Brito e Paulo Henrique, ambos atualmente no Partido Verde (PV) do vice-prefeito José Roberto Stopa, analisam se ficam ou não na sigla. Federados com o PT e o PCdoB, os parlamentares acreditam que não podem ter chance de reeleição. Um partido que pode abrigá-los é o MDB de Emanuel, já que ambos também são da base do prefeito.
Também na base de Emanuel e filiado ao PRD, que apoia Botelho, Adevair Cabral não deve ficar na sigla. Mas, para ficar no grupo ligado ao prefeito, Adevair pode trocar de sigla. A reportagem não conseguiu contato com o vereador para confirmar a permanência ou a troca de sigla.
Além de Adevair, o Midiajur não conseguiu contato com Cezinha Nascimento (União Brasil) e Renivaldo Nascimento (PSDB).
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