LETICIA PEREIRA
Da Redação
O presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, Bob Almeida, afirmou que a entidade tomará as medidas cabíveis contra os candidatos a vereador da federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PV e PCdoB, que não têm demonstrado apoio ao candidato à prefeitura de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT).
Bob pretende alegar infidelidade partidária tendo como base o artigo 22-A da lei nº 13.165/2015, conhecida como Lei dos Partidos Políticos. A regra é válida quando um político eleito não segue as diretrizes da agremiação à qual é filiado ou abandona o partido sem justificativa.
“A federação, em momento nenhum, autorizou candidatos a não fazerem campanha para o Lúdio. Isso chama-se infidelidade partidária. Na federação tem candidatos que são de outros partidos e não estão fazendo campanha para o Lúdio, isso não é segredo pra ninguém, mas a gente está resolvendo no âmbito da federação, que tem político e jurídico para tomar as decisões cabíveis”, disse.
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O vereador Marcus Brito (PV) é um dos que já anunciou publicamente não apoiar o candidato petista porque se considera de uma “bandeira diferente” de Lúdio e alegou que foi liberado informalmente pelo presidente estadual do Partido Verde, José Roberto Stopa (PV).
As federações partidárias unem diferentes partidos para atuarem como uma única agremiação partidária. Segundo Bob, os políticos filiados ao PT, PV ou PCdoB tiveram a oportunidade de se desfiliar antes do período eleitoral, mas agora estão inevitavelmente vinculados à legenda.
“Todo mundo sabia que a federação já estava colocada desde 2022, quando foi criada, então, quem não gostava do Lúdio ou do Stopa, que eram os dois pretensos candidatos, poderia ter saído antes. Teve a janela, teve a oportunidade e não saiu. Agora a federação vai tomar as medidas que são de direito”, garantiu.
Pela legislação, caso seja provada a infidelidade partidária, o político eleito pode perder o mandato.
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