DA REDAÇÃO
Nem mesmo a acusação de participar de um esquema de corrupção junto à diretoria comercial do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) inibiu à militância do vereador e candidato a reeleição, Pablo Pereira (União), de recepcioná-lo em seu comitê eleitoral após ele deixar a cadeia.
Pereira foi beneficiado na tarde desta segunda-feira (23) com um habeas corpus concedido pelo desembargador Gilberto Giraldelli, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e deixou a penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, para onde foi levado após passar por audiência de custódia na última sexta-feira (20).
Eram centenas de pessoas no comitê localizado no bairro Ipase cantando o jingle de campanha do parlamentar. Ele chegou carregado nos ombros de alguns populares e não escondia o sorriso. Também houve intenso foguetório, descumprindo uma legislação estadual que proíbe a comercialização e a soltura de fogos de artifício que produzam barulho.
A decisão que tirou o parlamentar da prisão prevê o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar as dependências do DAE-VG, além de outros órgãos públicos municipais. Pereira também segue afastado do cargo de vereador, conforme decisão que deflagrou a Operação Gota d'Água.
Veja vídeo da chegada de Pablo Pereira ao comitê eleitoral:
OPERAÇÃO GOTA D'ÁGUA
Pereira é acusado de participar de um esquema de cobrança de propina na diretoria comercial do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). Segundo as investigações, o setor era aparelhado pelo vereador, para atender seus interesses políticos.
Além de Pablo Pereira, outros 10 mandados de prisão preventiva foram cumpridos. Entre os detidos estava o diretor comercial do DAE, Alessandro Macaúbas Leite de Campos.
Durante a investigação da Deccor foi identificada a cobrança de valores, por servidores públicos, para a execução de serviços que eram devidos pelo DAE aos consumidores. Auditorias ainda revelaram prejuízos para a autarquia em razão da exclusão ilegal de débitos e também em razão de diminuição indevida de valores de faturas, tudo mediante recebimento de dinheiro por servidores.
Em relação apenas às duas últimas espécies de fraudes, a estimativa é que desde 2019, a autarquia tenha sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 11,3 milhões.
Foi determinado o sequestro de 6 imóveis e 26 veículos, além do bloqueio de valores das contas dos 22 investigados no valor do prejuízo estimado.
Outra providência determinada pelo Nipo foi a realização de auditoria em todas as modificações de valores de contas de água que foram feitas pela Diretoria Comercial do DAE-VG, desde 2019.
A pedido da Polícia Civil, a Justiça também proibiu tanto o Poder Executivo de Várzea Grande quanto o Poder Legislativo do município de nomear ou contratar qualquer um dos investigados para exercer cargos na administração municipal.
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seilia 24/09/2024
Esses ai e os cabo eleitoral dele, são pago para fazer isso. Só espero que esse individuo não seja eleito. Depois fica reclamando que Varzea Grande não tem agua, tbem querem so eleger quem não presta.
Oliver Albuquerque 24/09/2024
E tem trouxa que ainda vota num vagabundo desse
Anderson 24/09/2024
Essas mesmas pessoas irão reclamar de imposto em breve !
3 comentários