ALLAN PEREIRA
Da Redação
Após o troca-troca de cadeiras dos presidentes da executiva nacional, o apoio do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) em Mato Grosso, presidido pelo apresentador e ex-deputado estadual Jajah Neves, continua com o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o senador Wellington Fagundes (PL). O empresário Flávio Frical, que chegou a ocupar a presidência estadual do partido nos últimos dias corre risco de responder a processo ético e ser expulso.
"Não tem perigo de voltar atrás, não tem erro", disse Jajah ao MidiaJur.
A presidência do Pros foi trocada duas vezes entre domingo (31) e quarta-feira (03) e, durante esse período, houve uma aproximação da sigla com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) - pré-candidatos a presidente e vice-presidente pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV).
Em Mato Grosso, também houve uma aproximação da federação com o Pros para costurar uma aliança. Mas, segundo Jajah Neves, ela não vai acontecer. "Aqui não tem Lula", afirmou.
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A confusão interna dentro do Pros começou ainda em março deste ano, quando o fundador da sigla, o ex-vereador Eurípides Júnior, foi destituído da presidência do partido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal por conta de supostos desvios de recursos do grupo.
No lugar de Eurípides, foi eleito o perito aposentado Marcus Holanda, que apoiava a pré-candidatura do coach e influencer Pablo Marçal para a presidência da República.
O nome do coach foi confirmado em convenção nacional do Pros realizado na manhã do último domingo (31). Mas, depois de oito horas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) devolveu a presidência da sigla para Eurípides. A restituição do cargo poderia anular e escolha de Marçal para concorrer o Palácio da Alvorada pela sigla.
Enquanto isso, o Pros em Mato Grosso realizou a sua convenção estadual na última terça-feira (2) com chapas apenas para os cargos de deputado estadual e federal, além de declarar apoio a Wellington e Mauro por aclamação (vontade popular e unânime dos membros do partido).
Com o retorno à presidência, Eurípides começou a costurar uma aliança com Lula e Alckmin, chegou a oficializar o apoio na noite desta quarta-feira (4) e anulou toda as convenções estaduais - o que poderia cancelar o apoio dado pelo partido em Mato Grosso.
O empresário Flávio Frical foi colocado como presidente do Pros em Mato Grosso e começou a articular com o deputado federal Neri Geller (PP) e o senador Carlos Fávaro (PSD), que integram o bloco de partidos que apoiam a federação.
Jajah nega que tenha sido procurado por Neri, Fávaro ou qualquer liderança da federação para costurar uma aliança com Pros, e diz que tudo foi feito por Frical.
O apresentador afirma que, com a volta de Holanda para a presidência do Pros, tudo volta ao normal e fica mantido o apoio dado pelo partido a Mauro e Wellington nas convenções estaduais.
Pontua também que o empresário foi destituído do cargo de direção do partido e será julgado por uma Comissão de Ética, que pode resultar em uma expulsão de Frical da sigla.
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