MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
O deputado federal e presidente estadual do MDB, Carlos Bezerra, disse esperar que o governador Mauro Mendes (UB) não deixe sua base de apoio rachar neste ano. Bezerra defendeu que o grupo dê apoio à pré-candidatura de Neri Geller (PP) ao Senado.
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"Se ele rachar o grupo dele, a coisa vai ficar difícil, se ele permitir que o grupo rache. Espero que ele tenha sapiência política e não permita isso, evite esse racha político, porque é ruim para todos nós. Esperamos que isso não aconteça, mas se a corda esticar demais, ela termina arrebentando", declarou.
Bezerra se reuniu com Mauro nesta terça-feira (22) no Palácio Paiaguás. Foi reforçar a mensagem, dada pela primeira vez em outubro de 2021, de que PSD, PP, MDB e, mais recentemente, o PSB, apoiam Neri. Os partidos são liderados, respectivamente, pelo senador Carlos Fávaro (PSD), pelo próprio Neri, por Bezerra e pelo presidente da Assembleia, Max Russi (PSB).
A situação acontece depois que o governador esteve em Brasília e se reuniu com o presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto. A especulação nos bastidores é de que haveria aproximação de Mauro para apoiar a reeleição do senador Wellington Fagundes (PL), contrariando parte de sua base.
De acordo com Bezerra, dentro do MDB, "a decisão já houve da maioria do partido de apoiar a candidatura do Neri Geller. "Isso aí hoje é irreversível, tanto para um lado quanto para o outro", resumiu.
No partido, apenas a deputada estadual Janaina Riva deve apoiar Wellington, que é sogro dela.
Na conversa com Bezerra, Mauro repetiu que ainda não definiu sua candidatura à reeleição, nem quem irá apoiar ao Senado. "Nós viemos mais fazer um pedido de definição dele e uma comunicação a ele de repetir o que nós já tínhamos feito no ano passado", lembrou o emedebista.
O governador, ainda segundo o presidente do MDB, negou ter feito qualquer compromisso de apoio a candidaturas ao Senado.
"A vinda aqui não foi para cobrar definição dele, nada disso, foi apenas para comunicar a ele, uma coisa que nós já fizemos no ano passado. Achamos por bem voltar e mostrar para ele que o projeto andou, está acontecendo, e esse grupo que está mais forte hoje está em cima desse projeto", afirmou.
E seguiu: "Há uma conversação política, até agora não tem nada rachado, a base está intacta".
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