LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SindoJus), Éder Gomes de Moura, negou que os servidores do Poder Judiciário no Estado, em especial os próprios oficiais, pretendam entrar em greve nos próximos dias caso as reivindicações feitas ao Tribunal de Justiça não sejam atendidas.
Os servidores pedem ao Tribunal de Justiça que a lei sobre o Sistema de Desenvolvimento de Carreira e Remuneração (SDCR) para os servidores judiciários, aprovada em 2008, seja cumprida pela atual gestão, o que garantiria um aumento de aproximadamente 30% no salário.
Segundo ele, as negociações do sindicato com o recém empossado presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, continuam a ser realizadas e, pelo menos nos próximos trinta dias, não há a menor possibilidade de ser deflagrada uma greve por parte dos oficiais de Justiça.
“A próxima reunião será amanhã ou na próxima segunda-feira (25). Estamos aguardando pela confirmação do tribunal.”, esclareceu.
Esse rumor surgiu após declaração de Rosenwall Rodrigues, que comanda o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso. Ele disse, em entrevista ao MidiaJur (leia AQUI), que a última reunião entre os servidores e o recém empossado presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, “foi infrutífera” e, caso não houvesse maior respaldo por parte de Perri, uma greve do servidores poderia ser deflagrada nesta semana.
Postura do Sinjusmat
Éder se disse surpreso com as palavras do presidente do Sinjusmat, já que durante a última reunião entre os sindicatos e o TJ-MT, no dia 12, não foi feita qualquer menção de possível greve e, aparentemente, a proposta de criar uma comissão no tribunal para examinar as reivindicações teria sido consensual.
“Eu estive com o Dr. Orlando (Perri) e ele comentou que estava decepcionado com as publicações na mídia sobre esse indicativo. Não podemos apoiar esse tipo de “traição”, porque lá na frente do desembargador, o Sinjusmat foi claro em apoiá-lo, desde que seja feita uma negociação para que ninguém perca” ressaltou.
Os oficiais de Justiça, de acordo com Éder, “não querem entrar em greve neste momento e estão dando um voto de confiança à Perri para a resolução dessas questões”.
“O Sindojus está de acordo em montar uma equipe para tratar de interesses da categoria e não haverá greve nenhuma por enquanto. Agora, se após uma ou duas reuniões não houver resultado, aí sim pensaremos em conclamar um assembleia”, concluiu.
Medidas do tribunal
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri, afirmou que irá realocar os servidores de carreira em cargos comissionados e funções de confiança.
Ele também vai designar um desembargador para presidir o Comitê Gestor responsável pelos projetos relacionados ao SDCR, além de determinar a atualização do Manual dos Oficiais de Justiça que descreve a situação da categoria e anunciar a inclusão do fluxograma.
Outro lado
O presidente do Sinjusmat, Rosenwall Rodrigues, não retornou as ligações feitas pela redação.
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