CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O delegado Anderson Veiga, da Delegacia Fazendária (Defaz), afirmou que oito pessoas foram vítimas de crimes de extorsão, praticados pelos jornalistas Antônio Carlos Millas de Oliveira, Max Feitosa Millas, Maykon Feitosa Millas e Naedson Martins da Silva, presos desde o último dia 12.
Nesta segunda-feira (21), Veiga concluiu o inquérito relacionado à Operação “Liberdade de Extorsão”, que apura os crimes que teriam sido praticados pelo grupo.
Os jornalistas são acusados de levantar informações de agentes políticos, empresários que detém contratos com o poder público, e pessoas físicas de alto poder aquisitivo, para cometer o crime de extorsão. Os pagamentos variariam de R$ 100 mil a R$ 300 mil.
Conforme o delegado Anderson Veiga, quatro vítimas já haviam sido identificadas antes da deflagração da operação e, a partir da prisão dos suspeitos, outras quatro procuraram
Tivemos uma exitosa investigação, porque nós trabalhamos com um universo considerável de vítimas que denunciaram, que delataram essas extorsões
a polícia.
“Tivemos uma exitosa investigação, porque nós trabalhamos com um universo considerável de vítimas que denunciaram, que delataram essas extorsões”, disse Veiga.
Segundo ele, das quatro vítimas que prestaram esclarecimentos à Defaz, na última semana, três são empresários e um é político. Todos os nomes são preservados nas investigações.
“Hoje estou concluindo o inquérito, que será remetido ao Ministério Público para oferecer denúncia contra os investigados”, afirmou.
Indiciados
Ainda conforme o delegado da Defaz, os jornalistas Antônio MIllas, Max Feitosa, Maykon Feitosa e Naedson Ramos já foram indiciados.
O auditor Walmir Correa, da Prefeitura de Cuiabá, e o jornalista Antônio Peres Pacheco, que também foram detidos mas já estão em liberdade, não foram indiciados.
“O Walmir e o Antônio Peres não foram indiciados até o presente momento, nada obstando que isso possa ocorrer no futuro, já que ainda temos investigações a serem realizadas”, disse.
Segundo o delegado, durante a primeira fase das investigações foi apreendido um grande volume de materiais e documentos que ainda serão analisados.
“Enceramos uma fase das investigações e prosseguimos agora, em autos complementares. Ainda há um numero generoso de materiais a serem analisados”, afirmou.
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