THAIZA ASSUNÇÃO
DO MIDIANEWS
A ex-primeira-dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, presa na tarde desta quinta-feira (20) em São Paulo, desembarcou por volta das 23h40 no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, em voo comercial da Gol.
Sem algemas, mas escoltada por dois agentes do Gaeco, Roseli foi a última passageira a desembarcar do voo. Ela também era acompanhada por outra mulher, que seria sua amiga.
Ao descer da aeronave, ela caminhou pela pista do aeroporto até o portão A, local destinado para o desembarque de pessoas detidas.
De lá, Roseli entrou em uma caminhonete S10 cinza, que teria seguido direto para o Presídio Feminino Ana Maria do Couto May, no Distrito Industrial, em Cuiabá.
A ex-primeira-dama é acusada de participar de um esquema de desvio de dinheiro público da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social), durante o período em que comandou a pasta.
A prisão de Roseli teve como base o conteúdo da delação premiada feita pelo empresário Paulo Lemes, dono de três institutos que prestavam serviços na Setas.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Selma Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado em Cuiabá.
Além dela, foram presos, em Cuiabá, Nilson da Costa e Faria, Rodrigo de Marchi e Silvio Cezar Correa Araújo, este último ex-chefe de Gabinete do ex-governador Silval Barbosa.
Conforme a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), eles foram encaminhados à prisão no final da tarde.
Rodrigo e Silvio estão no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), por terem curso superior, enquanto Nilson está no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), ambos no bairro Carumbé.
Entenda
O Gaeco, órgão do Ministério Público Estadual (MPE), denunciou, em março passado, Roseli e mais 31 pessoas de participação no suposto esquema, que teria desviado R$ 8 milhões por meio de contratos fraudulentos.
A fraude foi investigada pelo MPE, por meio da “Operação Arqueiro”. O esquema teria acontecido entre 2012 e 2013, durante a gestão de Roseli.
O esquema se resumiria em a Setas ter contratado empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso e “laranjas”.
As investigações começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo promovido pela Setas.
Nesta semana, mais três viraram réus na ação: a advogada Heliza Rocha Gomes Duarte; o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cézar Corrêa Araújo; e o empresário Lídio Moreira dos Santos.
Veja as fotos do repórter fotográfico Bruno Cidade:
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